kokas
GF Ouro
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Flávio Machado conta ao CM o terror que viveu sábado durante tiroteio que matou o seu irmãoO tiroteio durou cerca de um minuto. Pouco depois das 05h00 de anteontem, um homem de blusão e carapuço bem apertado subiu as escadas de acesso ao Barcas, no Cais de Gaia, e disparou dois tiros de caçadeira em direção a um dos funcionários da discoteca que limpava a esplanada. Não acertou. Subiu os degraus restantes com um cúmplice e disparou três vezes, causando a morte de Carlos Machado, que se tentava esconder do homicida. O relato pormenorizado do crime foi feito ao CM pelo irmão da vítima, que também ficou ferido.
"Sobrevivi só por um milagre e o meu irmão não teve a mesma sorte. Tento ser forte, mas quando estiver com a minha mãe não vou controlar as lágrimas", disse Flávio Machado, de 26 anos. Sofreu seis ferimentos e deverá hoje ter alta do Centro Hospitalar Gaia-Espinho.
O homicídio, registado pelas câmaras de videovigilância da discoteca, ocorreu cerca de meia hora após uma discussão entre um homem de 30 anos e um dos seguranças do Barcas. O cliente disse ter sido agredido nas costas com um pontapé e dois murros, no bar.
Já no exterior, no Cais de Gaia e num dos passeios da avenida Ramos Pinto, o chefe dos seguranças privados do Barcas tentou a todo o custo acalmar
os ânimos.
O cliente, acompanhado da esposa e um casal, dirigiu-se ao parque de estacionamento do cais e terá retirado da bagageira um ferro com um metro para agredir o segurança. Recuou na investida a pedido da esposa, mas prometeu regressar para o ajuste de contas. Saiu do parque no seu BMW em direção à Afurada e deixou os acompanhantes no caminho, pelas 04h45.
O mesmo carro foi visto por volta das 05h15, a alta velocidade, no túnel sob a rotunda AEP em direção a Matosinhos.
cm