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Criminalista diz que encontrou o «estripador de Lisboa»

kokas

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Set 27, 2006
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1.jpgO analista criminal Barra da Costa afirma ter encontrado o «estripador de Lisboa», que «está vivo» e mora perto de um dos locais onde matou três prostitutas nos anos 90, mas acredita que este não voltará a matar.

A descoberta do autor da morte de três prostitutas, entre 1992 e 1993, foi a consequência da elaboração do perfil deste assassino, que Barra da Costa realizou durante a investigação que fez no contexto da sua tese de doutoramento, que resultou no livro «Perfis Psicocriminais - Do Estripador de Lisboa ao Profiler», que conta com o prefácio da procuradora-geral adjunta Maria José Morgado.

Em entrevista à agência Lusa, o investigador contou que, durante a consulta do processo do «estripador de Lisboa», se deparou com alguns aspetos até então desconhecidos, pelo menos para este antigo inspetor-chefe da Judiciária, como a existência de uma impressão digital com 13 pontos característicos (com mais de 12 há uma certeza absoluta da impressão em relação à pessoa).

Segundo este 'profiler criminal', trata-se de uma impressão recolhida de uma caixa de cartão com pacotes de leite, no local do último crime, na Póvoa de Santo Adrião. Uma outra era conhecida, mas com insuficientes pontos característicos para a obtenção de uma identificação.

«Ninguém fala nesta impressão digital [com 13 pontos característicos], que consta do processo. Foi essa impressão digital que eu recolhi quando fiz a consulta do processo e que pedi a um colega meu que a relevasse em termos técnico-científicos para ser comparada», afirmou.

Mais tarde, prosseguiu, encontrou alguém que entroncou no perfil que construiu: «Sexo masculino, branco, na altura com 30-35 anos, reservado e solitário, vivendo perto do local [de um dos crimes], distante, fumando o tal cigarro [foi encontrada uma beata no corpo de uma das vítimas]».

O perfil apontou para alguém «com sentimentos profundos de raiva, ódio e rancor, direcionados para as mulheres, em especial aquelas que recaiam no seu tipo ideal de vítima, desenvolvidos durante anos, no decorrer dos quais foi criando e aperfeiçoando as suas fantasias».

«De média-baixa condição sócio-económica, estima-se que possua um coeficiente de inteligência dentro da média. A sua solidão encontra-se relacionada com sentimentos de inadequação que ele próprio sente perante si mesmo. Provavelmente é visto pelos demais como um sujeito reservado, estranho, mas incapaz de atos tão cruéis. Desconfiado, impulsivo e agressivo, sem capacidade para sentir qualquer empatia, tornou-se impermeável aos sentimentos e à dor dos outros. A sua crueldade, visível na forma como cometeu os crimes, é própria de alguém frio e indiferente», disse.

Depois, «limitei-me a dar-lhe um dia um copo com água, comparámos as impressões digitais que ficaram no copo com a tal impressão digital e¿ bingo».

O indivíduo que Barra da Costa acredita ser o «estripador de Lisboa» tem o mesmo nome que uma testemunha que consta do processo disse ter ouvido na noite de um dos crimes.

Sobre as razões que terão levado aos crimes, Barra da Costa desvia-se um pouco das conclusões da sua tese, recuperando a morte do pai do estripador.

Barra da Costa acredita que esta pessoa «não vai permitir contactos», pois «socialmente não é muito atreita a isso».

«Voltará ele a atacar? É muito difícil, porque já não tem as mesmas características. Nem a idade, nem condições físicas para o fazer. As pessoas podem de alguma maneira ficar descansadas», concluiu.

Os crimes do «estripador de Lisboa» já prescreveram, pelo que este homem não pode ser preso.







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