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GF Ouro
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A chuva forte que na noite de ontem se abateu sobre as regiões do Entre-Douro-e-Minho e do Alentejo causou dezenas de inundações, derrocadas, quedas de árvores e até destruiu várias ruas e pontes. Um casal ficou desalojado em Vila Verde.
No concelho de Barcelos, o mais afetado pelo temporal, ruíram quatro pontes, nas freguesias de Creixomil, Vila Cova, Fragoso e Palme. Dezenas de quilómetros de ruas e caminhos ficaram intransitáveis e várias casas sem acesso e abastecimento de água.
"Tenho 82 anos e nunca tinha visto uma coisa assim", disse ao CM António Carvalho, morador em Palme, Barcelos, onde a enxurrada destruiu uma ponte e quatro ruas, deixando isoladas mais de vinte casas. Nesta freguesia, os maiores estragos verificaram-se no lugar de Aldeia, onde a força das águas da ribeira derrubou muros e árvores.
Para Jorge Silva, secretário da Junta de Freguesia, "os prejuízos, que para já são impossíveis de calcular, ascendem a vários milhões de euros, e a reparação vai demorar anos".
Situação delicada viveu-se também em Aboim da Nóbrega, Vila Verde, onde uma derrocada de terras atingiu a casa de um casal idoso que, sem contactos e sem conseguir sair de casa, ficou mais de seis horas à espera de socorro.
"Ouvi um estrondo e pensei: ‘ai meu Deus, que cai tudo.' Eram pedras e lama por todo o lado; fiquei com a minha casinha toda desfeita", disse, em lágrimas, Hortelinda Cação, de 73 anos, que vive com o marido, de 84.
Em Esposende, as chuvas provocaram dezenas de inundações, tal como em Matosinhos. A Junta de Freguesia de Lavra, por exemplo, ficou completamente inundada. Mas no distrito do Porto o caso mais grave foi o de Alvarelho, na Trofa, em que a queda de um muro atingiu três carros.
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