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GF Ouro
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A Coreia do Norte aceitou hoje a visita por parte de 24 deputados sul-coreanos ao complexo de Kaesong na próxima semana, num aparente gesto de abertura numa altura marcada por uma estagnação das relações bilaterais.
A Coreia do Norte "respondeu, esta manhã, que aceita a nossa proposta e permitirá a entrada dos deputados sul-coreanos no complexo", na próxima quarta-feira, dia 30, indicou uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul, à agência noticiosa Efe. Na semana passada, um grupo composto por 57 sul-coreanos -- incluindo funcionários, deputados, assessores e diretores de pessoal -- tinha pedido a Pyongyang autorização para visitar o complexo industrial de Kaesong. A realizar-se, será a primeira visita de deputados da Coreia do Sul ao complexo, situado a dez quilómetros da fronteira, desde a sua reabertura, a 16 de setembro, após ter estado cinco meses de portas fechadas.
Os deputados da Assembleia Nacional (parlamento) de Seul poderão observar, por si, 'in loco' o reinício das operações das empresas sul-coreanas em Kaesong, criada em 2004 como um símbolo raro da cooperação entre as duas Coreias. Além disso, prevê-se que dialoguem diretamente com os empresários afetados pelo encerramento, ouvindo as suas reivindicações e propostas em relação ao complexo, ainda que "se tenham de negociar os detalhes da visita", sublinhou a porta-voz da Unificação.
Nos últimos meses, os empresários têm vindo a solicitar ao Governo sul-coreano um alargamento das suas medidas de apoio para compensar os prejuízos decorrentes do encerramento de Kaesong. O complexo industrial conjunto foi encerrado unilateralmente pela Coreia do Norte, em abril, numa altura em que Pyongyang protagonizava uma campanha de ameaças contra Seul e Washington em protesto face às manobras conjuntas realizadas pelos dois aliados e às sanções da ONU.
Depois de meses de intensas negociações, a 16 de setembro, o parque industrial voltou a abrir as portas. No complexo de Kaesong operam 123 firmas sul-coreanas que fabricam produtos com recurso à mão-de-obra barata de aproximadamente 54 mil trabalhadores norte-coreanos.
dn