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Sindicato francês denuncia rede que escraviza portugueses

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Out 19, 2012
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A sindicalista francesa Magali Astruc explicou que as estruturas sindicais têm sido confrontadas como novos casos de tráfico humano que vão para além das fronteiras francesas.

A sindicalista, que denunciou este sábado, uma rede de tráfico organizado com recrutadores que vão buscar mão-de-obra a Portugal, para trabalhar em França, Inglaterra, Malta e Suíça, alerta para a existência de outro casos.

"Trazem pessoas que têm necessidade de trabalhar, que estão sem emprego em Portugal, um país que está a sofrer com as políticas de austeridade. Trazem-nos para França e metem-nos à disposição do empregador que os explora. São escravos modernos", acrescentou.

Magali Astruc explicou que, por norma, os trabalhadores recrutados são "transportados de 'mini-bus' de Portugal, não têm veículo próprio, são alojados pelo patrão, não tem alojamento, e se alguma vez se revoltarem encontram-se na rua sem alojamento, sem trabalho, sem salário, num país desconhecido no qual não dominam a língua".

Os empregadores procuram pessoas em dificuldades, oferecendo-lhes "condições de vida e de trabalho que ultrapassam a dignidade humana", disse.

"Encontrámos trabalhadores portugueses empregados por uma empresa francesa de trabalho agrícola que os fizeram trabalhar em Inglaterra e em Malta. Transportam-nos, prometem-lhes um salário, dão-lhes 500 euros por um mês e meio de trabalho", acrescentou.

Magali Astruc anunciou que os casos vão para lá da região vinícola francesa. "É um tráfico organizado que se aproveita de trabalhadores de países em crise. Um trabalhador francês não aceitam estas condições".

A sindicalista explicou que "a lei francesa - quer o indivíduo seja francês, português, polaco, romeno ou árabe - aplica-se a todos os assalariados".

"Vamos trabalhar com o Sindicato Geral de Trabalhadores (CGT) de forma a poder informar os trabalhadores que vêm de Portugal", concluiu a sindicalista.

Magali Astruc começou a investigar este tipo de casos depois de ter sido procurada por três trabalhadores portugueses explorados pelo patrão vinicultor, que, após o trabalho sazonal se recusara a pagar-lhes as horas extraordinárias e a entregar-lhes os recibos de ordenado que comprovam o trabalho efetuado. O caso ainda está em tribunal.








jn
 
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