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Primeiro concerto a solo de Nelson Freitas em Portugal praticamente esgotado

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Primeiro concerto a solo de Nelson Freitas em Portugal praticamente esgotado

O músico holandês de origem cabo-verdiana Nelson Freitas água hoje a solo em Portugal, pela primeira vez, num concerto que conta com dezenas de convidados e cujos bilhetes estão praticamente esgotados.
Durante uma pausa no ensaio, que decorria num armazém nos arrabaldes de Lisboa, na quinta-feira à tarde, Nelson Freitas confessou à Lusa ter uma expectativa "muito alta" para o concerto único de hoje, às 20:00, no Coliseu dos Recreios.
"Estou mais ansioso e mais nervoso para este 'show' aqui que lá fora, [em] Cabo Verde, Moçambique, Angola", locais onde já enche salas há muito tempo, admitiu.
O público português para as suas músicas começou a surgir apenas "nos últimos anos" e "agora a kizomba está tipo febre", descreveu, acreditando, "com fé 'na' deus", que vai encher o Coliseu de Lisboa. Corrigiu: a batida é de kizomba, mas Nelson Freitas não gosta de resumir a isso a música que faz, alargando as influências ao hip-hop, r&b e house.
Avisa que não fala bem português. Nasceu na Holanda e vive em Roterdão, onde alguns cabo-verdianos estão tão integrados que nem falam crioulo -- é o caso da filha de cinco anos, que apenas percebe a língua nativa. Nelson não, assume-se cabo-verdiano, no gosto pela cachupa e pelo grogue e na combinação entre inglês e crioulo para as suas músicas.
As origens estão na ilha de São Nicolau, onde já não vai há muito tempo. "Tenho que regressar", reconheceu. "Quando vou para Cabo Verde, sinto-me em casa (...). Eu gosto de 'nha' [meu] povo, gosto de cachupa, gostámos de música, muito. Somos humildes, se tu vais comigo, vais dormir com a minha família, (...) vais comer, tudo na boa. Nós somos assim, é isso que eu gosto", descreveu.
O espectáculo Nelson&Friends é um desejo antigo. "Mas tudo tem o seu momento certo e o meu era agora", justificou, contando que "os amigos", já quase todos em estúdio na quinta-feira, "desmarcaram as suas agendas para celebrar" com ele.
A lista de convidados é extensa e inclui músicos de Cabo Verde, Angola, Congo, França, entre os quais Yuri da Cunha, Matias Damásio, Djitafinha, Djodje, Eddy Parker, Kaysha, Matias Damásio, Quatro+, William Araújo. Chegarão a estar, em simultâneo, quase vinte pessoas em palco, entre músicos e bailarinos.
Nelson Freitas quer aproveitar o "bom momento da música africana", ajudado pelos "doces" ritmos. "Podes dançar, podes cantar, podes ouvir em casa, podes fazer amor", sugeriu.
A receptividade é "bem diferente" de há uns anos. "Hoje fazemos Coliseu, Campo pequeno, Meo Arena", distinguiu, referindo-se às grandes salas de Portugal. "A nova geração está a começar a consumir kizomba" e o curioso é que o vêem como um recém-chegado, quando já está no mercado há 15 anos, disse.
A internet tem ajudado à promoção, mas tem um lado "bom" e um lado "mau" para quem trabalha na música. "As pessoas podem fazer 'download' de uma música sem pagar", criticou. Por outro lado, as músicas chegam à Austrália sem nunca o músico ter vendido lá um CD.
Como produtor, Nelson Freitas continua à procura de pessoas que o façam "sentir" o que cantam. "A idade não é muito importante, basta ter talento e ter imagem, a imagem hoje em dia é muito importante, porque [a música] é muito através de vídeos, redes sociais, facebook, instagram", realçou.
A digressão, que adopta o nome do seu terceiro álbum de originais, "Elevate", começa hoje em Lisboa e segue para Rússia e Angola, antes de voltar a Portugal, para concertos na zona Norte do país (Braga já tem duas datas confirmadas: 16 e 30 de Novembro).

Fonte: Lusa/SOL
 
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