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GF Ouro
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14 jovens islamitas, muitas delas com idades compreendidas entre os 15 e os 16 anos, foram condenadas a 11 anos de prisão por se terem manifestado.
Na sua campanha implacável contra a Irmandade Muçulmana e os seus simpatizantes, as autoridades egipcias aplicaram esta quarta-feira um dos seus castigos mais pesados. Um tribunal de Alexandria condenou a 11 anos de prisão 14 raparigas, a maioria delas menor de idade, por se terem manifestado ilegalmente no passado dia 31 de outubro na cidade de Alexandria. A sentença foi proferida três dias depois da aprovação de uma lei que limita em grande medida o direito à manifestação e que já suscitou uma chuva de críticas.
Apesar das 14 jovens se terem limitado a cortar o tráfego numa estrada e a soltar balões durante uma manifestação onde pediam o regresso do presidente Morsi (deposto num golpe de Estado a 3 de julho), foram condenadas por pertencerem a uma organização "terrorista", segundo fontes judiciais citadas pela agência France Press. Por outro lado, seis homens, todos eles considerados dirigentes da Irmandade Muçulmana, foram condenados a 15 anos de prisão por terem incitado as jovens a manifestar-se.
Após o golpe que derrubou o presidente Morsi, a Irmandade Muçulmana foi considerada pelas autoridades egipcías como uma organização terrorista.
"O Egito deixou de ser um estado de Direito. Esta é uma sentença puramente política. O poder executivo acabou com a independência do poder judicial", declarou Ahmad Hamrawy, responsável máximo da equipa de advogados que defende as 14 raparigas, à televisão Al Yazira pouco depois de ter sido conhecida a sentença. "Isto é algo nunca visto na História do país. Não podemos esquecer que algumas destas jovens são menores, com 15 e 16 anos de idade",adiantou Ahmad Hamrawy, visivelmente transtornado.
A dura condenação destas adolescentes islamitas coincide com uma nova jornada de protestos contra a lei sobre as manifestações aprovada no domingo pelo presidente interino, Adly Mansur. A legislação introduz grandes limitações ao direito de manifestação e estabelece pesadas penas para todos aqueles que a violem. Com o objetivo de desafiar a nova lei e denunciar os abusos contra civis praticados pelos militares, na terça-feira tiveram lugar duas manifestações no centro do Cairo que foram dispersadas pelas autoridades com grande violência tendo sido detidas cerca de cinquenta pessoas, entre elas a conhecida ativista Mona Seif.
dn
Na sua campanha implacável contra a Irmandade Muçulmana e os seus simpatizantes, as autoridades egipcias aplicaram esta quarta-feira um dos seus castigos mais pesados. Um tribunal de Alexandria condenou a 11 anos de prisão 14 raparigas, a maioria delas menor de idade, por se terem manifestado ilegalmente no passado dia 31 de outubro na cidade de Alexandria. A sentença foi proferida três dias depois da aprovação de uma lei que limita em grande medida o direito à manifestação e que já suscitou uma chuva de críticas.
Apesar das 14 jovens se terem limitado a cortar o tráfego numa estrada e a soltar balões durante uma manifestação onde pediam o regresso do presidente Morsi (deposto num golpe de Estado a 3 de julho), foram condenadas por pertencerem a uma organização "terrorista", segundo fontes judiciais citadas pela agência France Press. Por outro lado, seis homens, todos eles considerados dirigentes da Irmandade Muçulmana, foram condenados a 15 anos de prisão por terem incitado as jovens a manifestar-se.
Após o golpe que derrubou o presidente Morsi, a Irmandade Muçulmana foi considerada pelas autoridades egipcías como uma organização terrorista.
"O Egito deixou de ser um estado de Direito. Esta é uma sentença puramente política. O poder executivo acabou com a independência do poder judicial", declarou Ahmad Hamrawy, responsável máximo da equipa de advogados que defende as 14 raparigas, à televisão Al Yazira pouco depois de ter sido conhecida a sentença. "Isto é algo nunca visto na História do país. Não podemos esquecer que algumas destas jovens são menores, com 15 e 16 anos de idade",adiantou Ahmad Hamrawy, visivelmente transtornado.
A dura condenação destas adolescentes islamitas coincide com uma nova jornada de protestos contra a lei sobre as manifestações aprovada no domingo pelo presidente interino, Adly Mansur. A legislação introduz grandes limitações ao direito de manifestação e estabelece pesadas penas para todos aqueles que a violem. Com o objetivo de desafiar a nova lei e denunciar os abusos contra civis praticados pelos militares, na terça-feira tiveram lugar duas manifestações no centro do Cairo que foram dispersadas pelas autoridades com grande violência tendo sido detidas cerca de cinquenta pessoas, entre elas a conhecida ativista Mona Seif.
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