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Câmara de Gaia em risco de falência

kokas

GF Ouro
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A Câmara de Gaia é atualmente arguida em 64 processos judiciais, envolvendo um montante indemnizatório de 62 milhões de euros que podem levar ao incumprimento por Portugal do memorando de entendimento e à falência do município.

Os créditos relativos à indemnização devida no processo que opôs a autarquia à Cimpor foram vendidos a uma sociedade luxemburguesa, Drylux Investment, que vem agora «exigir o pagamento da dívida de 30 milhões» o que «pode ser a diferença para cumprir ou não o memorando da troika», alertou hoje o presidente da câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

Numa carta dirigida ao ministério das Finanças, a que a Lusa teve acesso, a sociedade Drylux refere que o município de Gaia ¿não procedeu voluntariamente, no prazo legalmente fixado, ao pagamento do valor a que foi condenado¿ e invoca mesmo os compromissos assumidos no memorando de entendimento.

«Dado que o comportamento do MVNdG [Município de Vila Nova de Gaia] conduz a que o Governo Português, direta ou indiretamente, incumpra os compromissos assumidos com o FMI, e atendendo à recusa do MVNdG em iniciar uma discussão relativamente a esta dívida não paga, solicitamos a imediata assistência de V.Exa. na resolução deste assunto», refere a missiva, que impõe um prazo até 10 de dezembro para uma resposta e cujo conteúdo foi também enviado para a Direção-Geral das Autarquias Locais.

Eduardo Vítor Rodrigues, que nas autárquicas herdou o município gerido por Luís Filipe Menezes durante 16 anos, salientou que a execução só desta dívida, que representa metade do orçamento anual, «pode levar o município à falência» para a além de, por ser uma dívida a uma sociedade luxemburguesa, «contribuir para o défice público».

Os mais de 60 processos abrangem, entre outros, pedidos de indemnização por ocupação de terreno privado, incumprimento de protocolo, demolição coerciva, expropriação, acidentes de viação, cobrança de juros e os casos da Cimpor e daquela que ficou conhecida como Via Anastácia.

«Estamos neste momento com 64 processos judiciais que envolvem um montante indemnizatório de 62 milhões de euros», afirmou o autarca no final de uma reunião de câmara.

O caso da Cimpor, que alegou ter ficado impossibilitada de usar os silos que tinha junto à estação ferroviária das Devesas, remonta a 2000 e conheceu novo desfecho em abril deste ano quando o Supremo Tribunal Administrativo confirmou a decisão de primeira instância, condenando o município ao pagamento de uma indemnização de cerca de 30 milhões de euros.

Já o caso da Via Anastácia diz respeito à condenação, após um longo diferendo judicial, pelo Tribunal Central Administrativo do Norte de uma indemnização de cerca de 19 milhões de euros à sociedade que em 2002 cedeu terrenos para a construção de parte da VL9 e que nunca recebeu as contrapartidas acordadas.

«Tudo poderia ser evitado se não tivesse havido uma lógica do 'quero, posso e mando'», lamentou o novo presidente da Câmara de Gaia que irá criar um grupo de trabalho com os serviços jurídicos que possa entrar em diálogo com as empresas e «tentar uma negociação, não apenas para diminuir as eventuais condenações mas também para voltar a ter o bom nome».



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kokas

GF Ouro
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Será que o doutor fipe menezes vai ser responsabilizado pela situação? Claro que não, está impune como todos os outros, apesar da gestão danosa que efectuou dos dinheiros publicos nos 16 anos que esteve à frente da camara de gaia, preparava-se para fazer o mesmo no porto, não teve hipótese porque no porto não andam a dormir, deveria ser julgado e devidamente punido pela situação em que deixou a camara de gaia e consequentemente o país, vivemos num pais de corrupção e impunidade, infelizmente o zé é quem paga .
 
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