• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Mourejar

T

TIN

Visitante
Vim dessabido,
De desassossego munido,
Para estas marginais
Páginas virtuais.

Interajo eletrizado,
De zero e um batizado,
Para aqui dizer :
Tenho o meu querer.

Que seja em html,
Que este espaço me compele.
Que já tô tardando,
Que já dizer : enganando !

Não ! Não engano ...
As vezes profano.
Mas mentira boa
Não é coisa à toa.

Desabotoando palavras
Dei por mim nesta lavra.
Até que me atinei
E inquietações sangrei.

Versos e estrofes
Clamando holofotes
Pra da dureza falar.
Pela vida salpicar

O odor do jardim
Que cultivamos sem fim
Pra além dos muros
Com faces de mouros.

Não quero morigerar,
Nem os mouros distratar.
Foi rima forjada
Nestas linhas cantadas.

Até pensei em me alongar,
E por aqui dicionarizar,
Rimas a esmo cultivadas
Por emoções aguadas.

Mas este aguado
Soa malfadado.
Busca-se o ambíguo.
Por linhas tortas o umbigo

Parindo as dores,
Partindo os amores,
Cicatrizes das brigas
A ceifar as espigas.

O pão da terra.
As migalhas da guerra.
A vida em contenda
Pelas comarcas e vendas.

O homem mostra a tez
Desdobra-se num entremez
De conquistas e perdas
Por bardos narradas.

Semeando dotes e dons
Alardeando seus sons
Abocanhando territórios
Invadindo promontórios.

Acendendo e apagando
O fogo manipulando.
A roda rolando.
As pedras lapidando.

Sois homo sapiens
Em constantes viagens.
Sofisticando os bramidos
Pelos genes aguerridos.

Inquietamente senhor.
Dos iguais, penhor.
Das armadilhas, fingidor.
Das vidas, caçador.

Parece ir longe,
Abstrato monge.
Coa mó do pensamento
A arguir todo momento:

Jugo e jogo.
Arbitra e roga.
Canta e dança.
Nas estrelas a fiança.

Findo e fico.
Os pés finco,
Virtuais comparsas
Desta interbalsa.
 
Topo