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Austrália: Mina de urânio junto ao Parque Nacional de Kakadu é palco de derrame de material radioativo

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Austrália: Mina de urânio junto ao Parque Nacional de Kakadu é palco de derrame de material radioativo

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Filipa Alves

Na madrugada do passado sábado, a Mina de Urânio Ranger, situada no estado da Austrália do Norte e envolvida pelo Parque Nacional de Kakadu, foi palco de um derrame de material radioativo. O alarme foi dado pela população aborígene local que afirma ter sido vertido um volume de até um milhão de litros de lodos acídicos, bem como lamas e resíduos radioativos.

Este é o terceiro incidente no espaço de pouco mais de um mês naquela que é uma das minas de urânio mais produtivas do mundo e que, em 2010, já tinha vertido água radioativa, contaminando uma zona húmida no Parque Nacional adjacente.

Através de comunicado, a ERA - Energy Resources of Australia, que opera na Mina Ranger, fez saber que o material derramado já foi recuperado na totalidade, assegurando que “a mina tem múltiplos níveis de proteção para conter e gerir derrames” que “funcionaram como é suposto neste incidente”.

A empresa afirmou estar confiante que o “Parque Nacional de Kakadu não será afectado”pelo derrame do passado sábado, embora tenha admitido que o impacto na área protegida ainda terá que ser apurado.

No entanto, a Gundjeihmi Aboriginal Corporation (GAC), que representa os Aborígenes Mirarr que habitam a região, diz que estes estão muito apreensivos.

“As pessoas vivem apenas a alguns quilómetros a jusante da mina não se sentem seguras”, afirmou Justin O’Brien, responsável desta entidade. “Como é que podemos confiar numa empresa que falhou repetidamente na gestão segura do seu material altamente tóxico? O que acontecerá a seguir?”.

A GAC considera que se deveria pedir ajuda internacional para as operações de limpeza e exige uma auditoria às instalações, tal como senador trabalhista Nova Peris e vários grupos ambientalistas, refere o jornal The Guardian.

O governo federal já iniciou uma investigação ao acidente, assegurando que os resultados serão tornados públicos.

Por seu lado, o porta-voz da Australian Conservation Foundation, Dave Sweeney afirmou: “O tempo de exploração de um minério problemático e poluente numa área Património Mundial já terminou”.


*Escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Fonte: Latest news, sport and comment from the Guardian | The Guardian

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