kokas
GF Ouro
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Agarrei-a e dei-lhe socos na cara. Ela caiu e bateu com a cabeça na mesinha de cabeceira. Como não tive forma para a levantar vim para a rua pedir por socorro", começou por admitir ontem em tribunal Bento Lopes, o idoso de 80 anos que assassinou a sua mulher em março deste ano, em Alenquer.
"Mas não lhe bati com o machado", acrescentou. O homem, que já tinha matado uma mulher em 1972, diz que o sangue que foi encontrado no machado era de carne de animais que tinha estado a cortar para os cães. Pouco depois os inspetores da Polícia Judiciária confirmaram que se tratava de sangue humano.
Além de homicídio qualificado, Bento Lopes está acusado ainda de violência doméstica. Maria de Lurdes, 77 anos, era, segundo o Ministério Público, constantemente agredida pelo marido - que a acusava de traição. No Tribunal de Alenquer, Bento Lopes referiu que no dia da morte de Maria de Lurdes teve conhecimento de que a mulher mantinha uma relação amorosa com outro homem.
Depois do homicídio à pancada, o idoso foi para a rua e disse: "Podem prender-me, já matei a Lurdes". O homem já tinha sido condenado a 18 anos de cadeia por matar a sua senhoria. Bento Lopes está preso em Lisboa.
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