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Astrofísico português ajuda a descobrir planeta «invisível»

kokas

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O investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) Alexandre Santerne ajudou na descoberta do planeta «invisível» Kepler-88c, detetado a partir das perturbações gravitacionais provocadas no planeta irmão Kepler-88b.

Em comunicado, a CAUP explica que a equipa europeia que Alexandre Santerne integra utilizou o espetrógrafo «Sophie» para detetar a presença e calcular a massa do exoplaneta Kepler-88c.

O recurso ao espetrógrafo «Sophie» foi decidido porque nem todos os planetas no campo do Kepler eram detetados pelo telescópio espacial Kepler (NASA), desativado a 15 de agosto. Se o plano orbital estivesse ligeiramente desalinhado com a linha de visão para a Terra, os planetas deixavam de ser visíveis pelo instrumento.

Porém, os planetas que orbitam a mesma estrela interagem gravitacionalmente, provocando perturbações nos seus períodos de trânsito, designadas de Variações no Tempo e no Trânsito (Time Transit Variations - TTV), que permitiram detetar a presença do Kepler-88c.

Numa análise realizada por uma equipa liderada por David Nesvorný (EUA), previu-se que o sistema Kepler-88 tivesse dois planetas - um que transita (Kepler-88b), cujo período orbital é fortemente perturbado por um outro planeta que não transita (Kepler-88c).

Estes dois planetas são comparados à configuração de Terra e de Marte: um planeta completa duas órbitas no mesmo período que o outro completa apenas uma (o planeta vermelho orbita o Sol em cerca de dois anos).

De acordo com o comunicado, esta é a primeira vez que a massa de um exoplaneta «invisível», calculada com base em Variações no Tempo de Trânsito, é confirmada de forma independente por outra técnica.

«Este resultado confirma que a TTV é uma técnica válida para a deteção destes planetas ¿invisíveis' em sistemas com múltiplos planetas», refere.

Neptuno foi o primeiro planeta a ser detetado pela influência gravitacional que exercia sobre Úrano, planeta encontrado por Johann Gottfried Gale a 23 de setembro de 1846.

«Sophie» é um espetrógrafo de alta resolução, instalado no observatório de Haute-Provence (França), para a observação de fenómenos no interior de estrelas ou de exoplanetas.



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