• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Esteve um mês preso por engano

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
1.jpg

O Estado português recorreu da decisão que o condenou a pagar 15.000 euros a um homem que esteve preso um mês por abuso sexual devido a erro das autoridades, por considerar a indemnização «manifestamente exagerada».

No recurso interposto pelo Ministério Público para o Tribunal da Relação do Porto, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o Estado reclama absolvição ou, pelo menos, «ser condenado no pagamento de uma indemnização em montante substancialmente reduzido», considerando os 15.000 euros manifestamente exagerados, comparativamente com decisões do Supremo Tribunal de Justiça em casos idênticos de perda da liberdade.

O acórdão do Tribunal Judicial de Vila Nova de Gaia, proferido em outubro, explica que em 2008, o verdadeiro autor do crime, depois de detido, identificou-se «falsamente» na Polícia Judiciária do Porto e foi presente a primeiro interrogatório judicial como sendo Bacar Balde, sem que os inspetores confirmassem a veracidade da identidade apresentada pelo suspeito, que ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência.

Em outubro de 2009, Bacar Balde foi acusado de um crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e, após várias tentativas falhadas de notificação, em maio de 2010, o «identificado» como Bacar Balde foi julgado e condenado, na sua ausência, a três anos e meio de prisão efetiva.

O acórdão do tribunal de Gaia frisa que autoridades detetaram o «erro na detenção do verdadeiro autor» do crime, depois da realização de testes de ADN, os quais comprovaram que o homem [na casa dos 30 anos] que estava a cumprir pena no Estabelecimento Prisional de Lisboa «nada tinha a ver com os factos denunciados».

Quando foram emitidos os mandados de libertação, já Bacar Balde tinha cumprido um mês da pena, entre 16 de outubro e 15 de novembro de 2010, dia em que foi solto.

O acórdão de primeira instância atribuiu as responsabilidades à atuação da investigação e explica que «em nenhum momento» o tribunal poderia «antecipar» que estava a julgar a pessoa errada.

O tribunal de Gaia critica ainda o comportamento do lesado por «nada requerer no processo» que permitisse evitar a sua prisão, uma vez que, «tendo antecedentes criminais» [por outro tipo de crimes], sabia o funcionamento da justiça quando foi notificado da sentença condenatória.

Este é outro dos fundamentos do MP apresentados no recurso, apesar de o acórdão de primeira instância acrescentar que a atuação omissiva de Bacar Balde «não exclui a responsabilidade» da administração, mas contribuiu de atenuante na indemnização a pagar pelo Estado.

«Esse comportamento omissivo, revelador de culpa censurável, sendo determinante para a privação da sua liberdade [do lesado], deve acarretar a exclusão de qualquer indemnização a suportar pelo réu [Estado]», sustenta o recurso enviado para a Relação do Porto.

Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que verdadeiro autor do crime de abuso sexual continua sem ser identificado.



tvi24
 

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Mais uma vez se prova que o estado não é pessoa de bem, além de privarem um inocente da sua liberdade vem agora dizer que acha muito dinheiro de indemenização, pessoalmente acho pouco para quem sem cometer qualquer crime ficou um mês privado da sua liberdade, neste caso foi um mês mas não haverá outros casos, provavelmente sim, o estado gosta de receber, não gosta é de pagar pelos seus erros, grande exemplo este dado pelo estado aos seus cidadãos, afinal o estado faz exactamente o que qualquer cidadão tenta fazer, deveriam dar bons exemplos mas com estas atitudes qual a moral do estado para nos obrigar a cumprir as nossas obrigações, o que era preciso era que a nivel nacional ninguém pagasse aquilo que nos obrigam a pagar. Só vejo ladrões e corruptos.
 
Topo