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Carro familiar novo custa 6 mil meses de ordenado

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Após o fim das restrições governamentais para a compra de carros, em Cuba é agora possível adquirir um veículo novo. Mas, para isso, um cidadão que receba o salário médio local e queira um automóvel europeu familiar teria de usar cerca de 6 mil meses de ordenado.

As contas foram feitas pelo jornal espanhol El Mundo que refere que, em média, cada cidadão cubano recebe mensalmente 15 euros (480 pesos), quando um sedã Peugeot 301, de 2013, está disponível para venda a 80.400 euros. Já um Peugeot 4008, um SUV, custa mais de 175.300 euros no stand estatal SASA, em Havana. Um valor cerca de seis vezes superior ao praticado na Europa.



Durante anos, os carros em Cuba foram vistos como um "luxo burguês", podendo apenas ser adquiridos livremente por uma espécie de elite - aqueles que eram premiados pelos seus feitos para a "construção do socialismo". Aparentemente, assim continuarão. Uma jornalista da BBC em Havana relata que os habitantes se encontram "chocados" com os preços praticados, considerando ser uma "loucura" e uma "falta de respeito" para com os cidadãos.
O jornal El Mundo cita um popular que, frente à montra de carros novos, afirmou:"Se eu comprar um carro, no dia seguinte enviam-me para casa uma intimação da polícia para ver de onde tirei o dinheiro".
O governo, por sua vez, apresenta duas versões para a pratica dos preços exorbitantes. Em primeiro lugar, apresentam o desejo de controlar o número de automóveis em circulação em Havana, pois esta continua a possuir o mesmo número, e qualidade, de vias que tinha em 1959 - quando Fidel Castro liderou a revolução e chegou ao poder.
Além disso, segundo a BBC, o governo afirma que irá utilizar os lucros das vendas (que existam) para melhorar e desenvolver a rede de transportes públicos. A mesma fonte apresenta uma questão pertinente colocada por Daniel Rojas, residente em Cuba: "A estes preços, quantas pessoas poderão comprar carros? Então, onde estará o dinheiro para investir nos transportes públicos, se ninguém os pode comprar?".



dn
 
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