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Seis erros da "troika" que desfizeram a sociedade portuguesa

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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O presidente do Conselho Económico e Social, Silva Peneda, apontou seis erros que justificam "o desfasamento" entre as metas previstas e o executado no âmbito do programa da "troika" em Portugal, que teve como consequência "uma desestruturação da sociedade".
Numa intervenção proferida na Comissão do Emprego e Assuntos Sociais, no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas, no quadro do programa da 'troika' aplicado em Portugal, Silva Peneda afirmou que "o programa nasceu imbuído de seis erros maiores que têm muito a ver com o desconhecimento da realidade da economia portuguesa".
O primeiro erro apontado pelo responsável prende-se com "uma inadequada caracterização da crise" por parte dos credores internacionais, que subestimaram os "profundos desequilíbrios estruturais" num país cuja economia assenta em pequenas e médias empresas "muito fortemente descapitalizadas".
Silva Peneda considerou, num segundo aspeto, que a 'troika' -- composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) -- "não teve em devida conta os elevados níveis de endividamento das empresas e das famílias".
A negligência perante o peso da procura interna e o forte impacto negativo da sua redução sobre o crescimento e o emprego foi outro erro apontado por Silva Peneda, que criticou igualmente a implementação de uma "Reforma do Estado confinada à lógica da redução mais ou menos indiscriminada da despesa", focada nos cortes salariais dos funcionários públicos e na redução das reformas".
Por último, um sexto erro mencionado pelo presidente do CES prende-se com "a escassez de tempo para a execução do programa".



jn
 
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