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GF Ouro
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O governo de Timor-Leste acusa a Austrália de o ter espiado "ilegalmente" durante as negociações sobre o Tratado do Mar de Timor de 2002. O caso está a ser julgado pelo Tribunal Internacional de Justiça.
Num comunicado divulgado esta segunda-feira, o governo timorense acusa a Austrália de ter colocado "escutas nos escritórios governamentais" e escutado "discussões altamente confidenciais no decurso das negociações" do Tratado do Mar de Timor em 2004, pelo que pede a nulidade do mesmo.
O documento prevê a partilha, em partes iguais, das receitas do gás e do petróleo do Mar de Timor.
Timor-Leste pede ainda a devolução de documentos apreendidos, há cerca de um mês, pela Organização Australiana de Serviços Secretos, por ordem do Procurador-Geral, nos escritórios e na casa do advogado australiano, em Camberra, que representou o país no decorrer das referidas negociações.
O caso começou ontem a ser apreciado pelo Tribunal Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), mas a decisão final poderá demorar um ano ou mais, como o próprio governo timorense nota.
Na audiência de ontem, o embaixador timorense sedeado no Reino Unido, Joaquim da Fonseca, disse aos juizes que os recursos naturais do mar de Timor "são os únicos recursos económicos do povo timorense".
jn