kokas
GF Ouro
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Dezenas de milhares de pessoas voltaram ontem a sair às ruas de Kiev, na Ucrânia, num forte desafio ao governo do presidente Viktor Yanukovich, que na semana passada aprovou à pressa uma nova lei destinada a proibir todas as manifestações não autorizadas, já considerada "pouco democrática" pelos EUA e pela União Europeia.
Naquele que foi o maior protesto desde o início do ano, mais de 100 mil pessoas encheram a praça da Independência, no centro da capital ucraniana, que tem sido o epicentro dos protestos, que há mais de dois meses paralisam o país.Várias dezenas de manifestantes atacaram a polícia antimotim com paus e pedras e incendiaram um autocarro. Pelo menos duas dezenas de polícias e vários manifestantes ficaram feridos nos confrontos. A gigantesca mobilização foi um desafio direto à autoridade do presidente Yanukovich e à nova legislação antidistúrbios. Na prática, esta visa travar todas as manifestações não autorizadas ao proibir, por exemplo, a instalação de palcos, tendas ou sistemas de som na via pública ou ao sancionar o uso de máscaras ou de capacetes durante os protestos.
A oposição acusa Yanukovich de pretender instaurar um ‘estado policial' no país e promete criar estruturas paralelas de poder para substituir o atual governo se este não se demitir. Na origem da contestação, recorde-se, está a recusa de Yanukovich em assinar um acordo de associação à União Europeia, optando, em vez disso, por uma maior aproximação à Rússia.
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