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Autarca que engoliu papel é médico em centro de saúde

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Set 27, 2006
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O ex-vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, passou a estar sujeito à medida de coação de apresentações periódicas às autoridades, depois de perto de meio ano com pulseira eletrónica, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte judicial.

Luís Carito e Jorge Campos, então vice-presidente e vereador, respetivamente, o administrador da empresa municipal Portimão Urbis Lélio Branca e os administradores Artur Curado e Luís Marreiros, da Pictures Portugal, foram detidos em junho por suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento de capitais e participação económica em negócio.

O agora ex-vice-presidente do município de Portimão foi o único arguido a ficar em prisão preventiva, durante duas semanas, passando depois para prisão domiciliária, com pulseira eletrónica. A defesa do arguido requereu a alteração da medida de coação, tendo o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa aceitado o pedido e colocado Luís Carito sujeito a apresentações periódicas às autoridades. Luís Carito mantém ainda a proibição de exercer cargos públicos, encontrando-se atualmente a trabalhar no Centro de Saúde de Portimão, onde é médico.

Os outros quatro arguidos saíram em liberdade após o primeiro interrogatório judicial, mas tiveram de pagar uma caução de 20 mil euros cada um, além da proibição de se contactarem entre si e de se ausentarem do país.

O ex-vereador e o administrador da Portimão Urbis ficaram também suspensos de exercerem cargos públicos.

Os factos em investigação - ainda a decorrer - estão relacionados com a atividade e gestão da Portimão Urbis. Luís Carito e Jorge Campos faziam parte, à data dos alegados factos (2011), do seu conselho de administração.

Para o Ministério Público (MP), os cinco arguidos tinham como objetivo comum «sacar dinheiro» à empresa municipal através da celebração de contratos fantasmas com outras empresas privadas, entre as quais a Pictures Portugal.

Sancho Carvalho Nunes, advogado do então vice-presidente, Luís Carito, reconheceu, após o primeiro interrogatório judicial, que o facto de o seu cliente ter «ingerido um papel» que retirou das mãos dos inspetores da Polícia Judiciária (PJ) durante as buscas domiciliárias, «pôde ter sido determinante para a aplicação da medida de coação» ao autarca.

O advogado acrescentou, a 21 de junho, que a atitude do seu cliente foi de alguém «que não estava no seu estado de lucidez e racionalidade», justificando que o Luís Carito foi surpreendido pelos inspetores da PJ em sua casa cerca das 07:30 de quarta-feira dessa semana.

Uma das situações investigadas prende-se com o projeto Pictures Portugal - iniciativa privada para a criação da cidade do cinema em Portimão. Outra parte da investigação, que durou dois anos e contempla quatro volumes, também abrange contratos que envolvem, alegadamente, o estádio do Portimonense, explicou à agência Lusa fonte policial.

Os cinco suspeitos foram detidos no âmbito de uma investigação da PJ, que culminou com a realização de buscas na autarquia algarvia, nas instalações da empresa municipal e nas residências dos arguidos.







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