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Filomena Teixeira: "O Rui Pedro não foi esquecido"

kokas

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Set 27, 2006
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Tristeza, angústia e saudade foram os sentimentos vividos ontem pelos pais de Rui Pedro, 27 anos após o nascimento do jovem desaparecido desde o dia 4 de março de 1998. "O Rui Pedro não está esquecido, temos muitas recordações e a enorme pena de não estar connosco para festejar", afirmou ontem ao CM o pai, Manuel Mendonça, emocionado.

A mãe, Filomena Teixeira, não conseguiu suportar a dor e manteve-se em casa, entre lágrimas e recordações. Afonso Dias foi condenado pelo rapto e aguarda resposta do Supremo Tribunal de Justiça para saber se terá de cumprir a pena (ver caixa).
"É um dia triste, porque há quase 16 anos que não estamos presentes nem sabemos o que se terá passado com ele", referiu Manuel. Recorda-se do 10º aniversário do jovem, dois dias após a morte de um dos funcionários do talho que gere, em Lousada. "Viu-me triste e perguntou se não teria direito à festa de anos. Acabámos por juntar os primos e a família, como era habitual", relembrou.
Além dos afetos, eram as prendas que levavam o sorriso à cara de Rui Pedro em dias de aniversário. "Gostava muito de receber presentes, como qualquer criança, e quando o meu sogro ou o padrinho lhe davam um carro, ele ficava muito feliz", recordou o pai de Rui Pedro.
Manuel e Filomena sentem-se frustrados por não poderem oferecer algo ao filho. "Se pudéssemos, tentaríamos dar-lhe tudo o que até agora não foi possível, fazer com que fosse feliz, vê-lo realizado, mas perdemos grande parte da juventude dele e não sabemos o que podemos fazer mais", desespera o pai.
Quase 16 anos depois do desaparecimento de Rui Pedro, os pais do jovem dizem que "há acontecimentos da vida que não se esquecem". Vizinhos, clientes e conhecidos acreditam que a ausência do filho já foi ultrapassada. "Não podiam estar mais enganados. Não é nada fácil desconhecer o que é feito do nosso menino", disse Manuel Mendonça.
Aos pais que passam por uma situação semelhante - há mais de 60 menores portugueses desaparecidos -, a mensagem deste casal é de coragem: "Não desistam, lutem e não se calem. Se os filhos morrem, não há nada a fazer, mas quando não sabemos deles, temos de lutar, porque são nossos e parte de nós."


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