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GF Ouro
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Um grupo de estudantes está a organizar uma vigília em frente à Universidade Lusófona contra as praxes nas instituições de ensino superior, enquanto decorre uma petição pelo fim daquela tradição académica. "Contra a praxe, não ficaremos em silêncio" é o nome do Manifesto Estudantil Anti-Praxe de um grupo de alunos, que está a organizar uma vigília para dia 22 de fevereiro, em protesto contra os abusos que são cometidos contra alguns estudantes.
Em declarações à Lusa, Diana Antunes, aluna do mestrado em ensino da Música, da Universidade de Aveiro, explicou que a iniciativa partiu de um grupo independente de alunos de diferentes instituições que acreditam que a "Universidade seria melhor sem praxe".
"A Universidade que queremos não se rege pela hierarquia cega, pela constante humilhação, pelas práticas e os cânticos machistas, racistas, xenófobos ou homofóbicos como é tão recorrente na maioria das praxes. A tradição académica que reivindicamos é a da liberdade, a do pensamento crítico, a dos movimentos de estudantes que, noutras épocas, substituíram a praxe por coisas mais úteis e muito mais interessantes", lê-se no manifesto.
Os alunos estão a apelar à participação na vigília através de uma página no Facebook -- "Vigília na Lusófona pelo princípio do fim das praxes académicas" -- que conta já com a confirmação de mais de uma centena de pessoas.
A escolha do local para contestar a praxe é "simbólico", explicou Diana Antunes, referindo-se à morte dos seis alunos da Lusófona e às suspeitas de estarem envolvidos rituais de praxe académica.
jn