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Ajuda Pública BPI espera devolver ao Estado 500 milhões de euros até março

delfimsilva

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Out 20, 2006
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O presidente do BPI disse hoje que o banco deverá devolver ao Estado, até março, 500 milhões de euros da ajuda pública injetada na instituição em 2012.

"Prevemos reembolsar o Estado português em 500 milhões de euros, ainda no primeiro trimestre, ficando em dívida 420 milhões de euros no fim março", afirmou o presidente do banco, Fernando Ulrich, na apresentação das contas de 2013, em Lisboa.

Em outubro, na apresentação de resultados do terceiro trimestre, o BPI tinha anunciado que ia pedir às autoridades competentes permissão para antecipar a recompra dos 588 milhões de euros de 'CoCo' que estão nas mãos do Estado.

Fernando Ulrich disse hoje que, no âmbito do pedido de permissão feito ao Banco de Portugal, o supervisor bancário "manifestou desejo de que o banco ficasse com capital com folga face ao mínimo de 7% [de rácio de capital]". As novas regras para a banca obrigam cada instituição a ter um rácio de capital 'core tier 1' (medida de avaliar a solvabilidade de um banco) no mínimo de 7%.

Daí o banco ter revisto em baixa o valor de 588 milhões de euros a reembolsar ao Estado, que Ulrich tinha apontado em outubro, para a nova meta de 500 milhões de euros.

Depois de reembolsados os 500 milhões de euros em 'Coco', o BPI conta ficar com um excesso de capital de 213 milhões de euros face ao rácio de capital mínimo e um rácio 'core tier 1' de 8,3%.

"Temos já a concordância do Banco de Portugal para os 500 milhões de euros, falta a aprovação da EBA [Autoridade Bancária Europeia], que deverá ser até final de fevereiro e que permitirá reembolsar [o Estado] em março", acrescentou Fernando Ulrich.

Para cumprir os critérios ao nível do rácio de capital exigido pelos supervisores aos bancos portugueses, em junho de 2012 e entre outros bancos, o Estado injetou no BPI 1.500 milhões de euros de euros em obrigações de capital contingente.

Caso a operação hoje conhecida receba a necessária luz verde da EBA, o montante de 'CoCo' do BPI que estão na posse do Tesouro baixa dos atuais 920 milhões de euros para 420 milhões de euros.

O BPI tem manifestado pressa em antecipar o pagamento de 'CoCo' já que, além de significarem intervenção estatal na instituição, implicam o pagamento de juros. Em 2013, o BPI pagou 84,9 milhões de euros pelos juros desses instrumentos de capital.

Ainda na conferência de imprensa de hoje, o banqueiro revelou planos para avançar com quatro operações que permitirão um encaixe adicional de 507 milhões de euros que, além do impacto positivo no rácio de capital 'core tier 1' (157 milhões de euros), reforçariam a capacidade de reembolso de 'CoCo' em 122 milhões de euros.

"Se tudo se concretizar, os 'CoCo' que o BPI utiliza morrerão de forma natural, o que é bom para todos", afirmou Ulrich.



lusa
 
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