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Publicidade nas fardas dos trabalhadores dos monumentos causa polémica

miguelmare

GF Prata
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Abr 29, 2008
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O presidente da Associação Portuguesa de Museus (APOM), João Neto, qualificou, este domingo, de "ridícula" a decisão de os funcionários de instituições ligadas ao património envergarem fardas com publicidade do respetivo mecenas.

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Mosteiro dos Jerónimos


João Neto falava à Lusa depois de o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STPSSRA) ter condenado, na sexta-feira, o facto de os trabalhadores do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, em Lisboa, passarem a usar fardas com publicidade.

Em comunicado, o sindicato indica que, por ordem da direção dos dois monumentos, que estão entre os mais visitados do país, os trabalhadores estarem "obrigados a fazer propaganda a [uma] cadeia de supermercados espanhola", a partir da próxima terça-feira.

"É absolutamente inconcebível", desabafou João Neto, que questionou em seguida: "Por que é que o Governo não usa uma camisola com o emblema da 'troika' que é o seu mecenas?".

Para este responsável, a situação no Mosteiro dos Jerónimos e na Torre de Belém "é bem explícita da política deste Governo relativamente à cultura", e considerou que "não se pode descer mais".

De acordo com o sindicato, a medida será aplicada "contra a vontade" dos trabalhadores, "por lhes ter sido entregue, pela direção, uma farda, dita como de uso obrigatório, com o respetivo logotipo da cadeia aposto na frente".

"A direção apenas informou que os fardamentos agora distribuídos foram oferecidos ao abrigo da lei do mecenato", diz ainda o STPSSRA.

Para o sindicato, os trabalhadores circulam diariamente pelos monumentos no exercício das suas funções, acompanhando grupos de visitantes e excursões, e "vão fazer publicidade gratuitamente à cadeia em questão".

A agência Lusa pediu uma reação à Secretaria de Estado da Cultura, que tutela os monumentos, sem obter resposta, até ao momento.




Jn.
 
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