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EDP pode perder entre 45 e 100 milhões com corte a subsídios em Espanha

miguelmare

GF Prata
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Abr 29, 2008
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A EDP pode perder entre 45 e 100 milhões de euros devido ao corte de subsídios às energias renováveis, no âmbito de um novo ajuste de 2100 milhões de euros que o Governo espanhol quer levar a cabo no setor.

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António Mexia, presidente executivo da EDP


Se a proposta do Governo avançar - tal como figura em documentos remetidos pelo Ministério da Indústria à Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) - a EDP será o terceiro grupo mais prejudicado.

Essas são as contas feitas por especialistas financeiros do setor para o jornal "Expansion" e publicadas na edição desta quarta-feira daquele jornal económico espanhol.

A maior fatia do ajuste afetaria a Iberdrola e a Acciona que, em conjunto com a EDP poderiam perder até 600 milhões de euros.

Contas de analistas da Fidentis e da Ahorro Corporacion sugerem que em termos absolutos o impacto seria maior na Iberdrola, ascendendo a 270 milhões de euros, enquanto no caso da Acciona as perdas poderiam ascender a 200 milhões de euros.

Só que para a Iberdrola isso representaria 7% do resultado operativo e para a Acciona 16% do resultado operativo o que praticamente "comeria" os lucros da empresa este ano.

A Enel Green Power, com um impacto de 70 milhões de euros e a Gas Natural Fenosa e a Abengoa - com impactos de 25 milhões de euros cada - são outras das empresas afetadas, ainda que em muito menor dimensão.

Em causa está a nova ordem que estabelece os parâmetros retributivos das energias do regime especial e que pretende substituir o atual sistema de subsídios à produção que afeta empresas renováveis, a cogeração e resíduos.

Trata-se de uma tentativa do Governo de reduzir os polémicos subsídios dados ao setor das renováveis e que, segundo dados do Ministério da Energia, ascenderam a 50 mil milhões de euros entre 2000 e 2013.

Empresas, associações de consumidores e as comunidades autónomas têm agora 20 dias para apresentar alegações sobre a proposta que seria depois vertida num projeto-lei, apesar de nas últimas horas já terem surgido críticas do setor.

Até lá o setor continuará a viver a incerteza sobre o verdadeiro impacto da medida, com contas do Governo a variarem entre 1500 e 1750 milhões de euros, afetando especialmente a energia eólica.

Empresas do setor das renováveis são mais pessimistas antecipando um impacto que pode ascender aos 2.100 milhões de euros, dos quais 1200 milhões na eólica e 600 milhões na fotovoltaica.

O impacto varia de acordo com a antiguidade das centrais, já que nas anteriores a 2005 desaparecerão totalmente os subsídios e nas posteriores a 2008 aumentarão os apoios.

A Acciona, por exemplo, que ficou com algumas das centrais da Endesa pelo acordo com a Enel, deixará de receber subsídios nessas unidades sobre as quais a Endesa recebeu anteriormente apoios.

Sem apoios deverá ficar a alemã RWE que tem em Espanha 400 megawatts eólicos, quase todos construídos antes de 2005.

Dos 22800 MW instalados atualmente em Espanha, 8440 MW, ou 37%, são anteriores a 2005.

No ano passado o setor eólico recebeu subsídios de 2 mil milhões de euros tendo sido responsável por metade da energia produzida pelo regime especial, com 48329 GWh. A Iberdrola é a primeira empresa do setor, com 5500 MW, seguida pela Acciona, com 4228, EDP com 2000 e Gren Enel Energia com 1400.

O novo modelo proposto pelo Governo estabelece uma taxa de investimento e de operação para cobrir os custos necessários para competir e ganhar um retorno razoável.

O ministério desenvolveu uma classificação destas instalações, com um código específico baseado na tecnologia, desempenho e idade entre outros critérios.






Jn.
 
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