• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Infanta Cristina interrogada em Palma de Maiorca

miguelmare

GF Prata
Entrou
Abr 29, 2008
Mensagens
233
Gostos Recebidos
5
ng3028038.jpg


Pela primeira vez na história, um membro da Casa Real espanhola irá declarar como arguido perante um juiz. A filha mais nova do rei Juan Carlos, terá que responder este sábado às perguntas de José Castro, depois de ter sido acusada, no passado mês de janeiro, dos delitos de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Em causa está a sua suposta participação nos negócios do marido, Iñaki Urdangarin, que é suspeito de ter desviado perto de 6 milhões de euros provenientes de fundos públicos, através do instituto Nóos.

Durante as últimas semanas, a duquesa de Palma reuniu-se diariamente durante várias horas com a sua equipa de advogados em Barcelona para preparar o interrogatório. "Está serena e consciente de que a declaração é um trâmite importante", afirmou ontem Jesús Silva, um dos elementos da equipa que defende a infanta.

Todas as atenções estarão, assim, concentradas na ilha de Maiorca, onde se encontram acreditados cerca de 300 jornalistas de várias nacionalidades. Ao contrário do marido, que foi forçado a descer a rampa de acesso ao Tribunal a pé (onde teve que enfrentar as perguntas de dezenas de jornalistas e os assobios de numerosos manifestantes), a infanta deverá fazer o percurso de carro, devido a motivos de segurança. Mais de 200 agentes da polícia foram destacados para garantir a integridade física da duquesa, numa operação que custou 20 mil euros.

Segundo publicava ontem a imprensa espanhola, a filha mais nova do rei irá defender-se das acusações alegando que não estava ao corrente dos negócios do marido. A declaração será gravada em áudio, uma vez que o juiz decidiu impedir a recolha de imagens da duquesa de Palma em vídeo, algo solicitado por Diego Torres, ex-sócio de Urdangarin, também arguido no âmbito do caso Nóos.

A polémica gerada em torno deste processo judicial tem contribuído para a acentuada perda de popularidade da monarquia espanhola. A queda está patente nas últimas sondagens, apesar da Casa Real tentar afastar a imagem da infanta. Numa conferência de imprensa concedida esta semana, o chefe da Casa do Rei, Rafael Spottorno, fez questão de frisar que há muito tempo que Cristina não participa em atos oficias da Família Real. Sétima na linha de sucessão ao trono, a infanta não mostrou, no entanto, qualquer intenção de renunciar aos seus direitos dinásticos.










Jn.
 

miguelmare

GF Prata
Entrou
Abr 29, 2008
Mensagens
233
Gostos Recebidos
5
Infanta Cristina recebida com protestos em frente ao tribunal

ng3028126.jpg


A infanta Cristina, filha do rei espanhol Juan Carlos, chegou esta manhã de sábado, ao tribunal de Palma de Maiorca onde se concentravam manifestantes antimonárquicos e trabalhadores despedidos da Coca-Cola a cerca de 100 metros da entrada, separados por um cordão policial .

Sorridente e saudando com "bons dias" os muitos jornalistas presentes, Cristina foi recebida à porta do tribunal pelo seu advogado, mas também por dezenas de pessoas em protesto.

O depoimento da filha de Juan Carlos chega depois de dois anos de instrução do processo conhecido como Nóos, que envolve o marido de Cristina, Iñaki Urdangarin.

Mais de 40 advogados, representando a defesa de todos os arguidos e as acusações particulares e populares, acompanham o depoimento de onde está proibido o uso de telemóveis ou computadores, para evitar filtrações.

Quatrocentos jornalistas de vários países estão acreditados para acompanhar o julgamento, com unidades móveis de televisão a ocuparem todas as zonas nos arredores do tribunal.

Até a chegada ao tribunal esteve marcada pela polémica, com debates sobre se a filha do rei deveria ou não descer a pé a pequena rampa que conduz à entrada do edifício, acabando por a polícia recomendar que o fizesse de carro.

Esse "passeillo" como ficou conhecido em Espanha, tornou-se famoso por ser o local onde as câmaras de televisão filmaram cada uma das entradas na audição do seu marido, Iñaki Urdangarin.

Depois o debate foi sobre se o depoimento deveria ou não ser gravado e com ou sem vídeo, tendo o juiz acabado por deliberar fazer apenas uma gravação em áudio.

Perante forte atenção mediática, dentro e fora de Espanha, este caso envolveu a Casa Real numa das suas maiores polémicas de sempre, com amplos debates sobre até que ponto é que a infanta conhecia os negócios mais questionáveis do seu marido.

O nome de Cristina surge em documentação que faz parte do processo.

Esta foi a segunda vez que o juiz José Castro constituiu a infanta como arguida neste processo. Em abril de 2013 acabou por suspender essa decisão, depois de um recurso apresentado pela procuradoria anticorrupção.

A Audiência Nacional deixou sem efeito essa decisão de abril, mas apontou novas linhas de investigação para averiguar se a filha de Juan Carlos poderia ser responsável por delitos fiscais e branqueamento de capitais através da empresa Aizoon.

Cristina de Borbon controla 50% do capital da Aizoon e o seu marido os restantes 50 por cento. A Aizoon era uma das empresas envolvidas no universo da empresa Nóos, que está a ser investigada há vários anos pelo alegado desvio de milhões de euros de fundos públicos.

No auto, o juiz espanhol considera haver indícios suficientes de que a infanta autorizou que a Aizoon "servisse de base imprescindível para que se cometessem delitos fiscais", tendo realizado ainda gastos fraudulentos com fundos da empresa.

O juiz José Castro considera que tem a obrigação de ouvir a infanta para que esta dê conta do seu conhecimento sobre os alegados delitos fiscais cometidos pela empresa Aizoon, que terá servido para distribuir lucros das atividades ilícitas do Instituto.





Jn.
 
Topo