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Cartão à prova de roubo made in Portugal para guardar palavras-passe e Bitcoins

Amoom

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Fev 29, 2008
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Chama-se Pitbull Wallet e está a ser desenvolvida no Porto. O conceito tenta descomplicar ao máximo a questão da segurança das passwords e do dinheiro digital. Como? Impedindo qualquer tipo de ligação ao cartão.


"Estamos a proteger a 'propriedade' de alguém. Porque não simbolizar isso com um dos icónicos, protetores e fiéis amigos do homem?". Foi desta forma que o gestor de operações da Onda Technology, Daniel Paiva, se lembrou do nome Pitbull Wallet para o projeto que o instituto está a desenvolver.

A carteira, que na realidade é um cartão, permite ao utilizador guardar as palavras-passe de serviços online, permite guardar endereços de utilizadores de moedas digitais como se fosse uma lista de contactos e permite guardar também as carteiras das mais variadas criptomoedas: Bitcoin, Litecoin e até Dogecoin.

O presidente do conselho executivo do Instituto Onda Technology, João Paredes, confessa ao TeK que não se lembra bem como é que surgiu a ideia para criar a Pitbull Wallet. "Estávamos a investigar os Bitcoins, sabemos que as pessoas perdem muitas passwords, sabemos que têm de gerir muitas contas de email e pensámos que teria de haver uma forma mais simples de gerir tudo isto".

"Como o papel se estraga e nos computadores os dados podem ser roubados, preferimos este conceito baseado nos cartões de crédito com PIN temporário", revelou o empreendedor.

E na realidade é nesse estilo que a Pitbull Wallet funciona. O cartão tem botões alfanuméricos e tem um ecrã e-paper. O utilizador define um código único de acesso à sua carteira de passwords e depois pode registar tudo de forma encriptada. Quando precisar da palavra-passe do email Y, basta ir ao cartão, introduzir o código e navegar até chegar à proteção desejada.



Aí o ecrã e-paper do cartão vai devolver o pedido com a escrita da password pelo utilizador e através de um código QR. Este código terá mais utilidade no futuro quando a empresa disponibilizar uma API que vai permitir desenvolver um sistema de autenticação em sites e aplicações móveis tendo por base o código de barras único e o cartão do utilizador. O reconhecimento será feito através das câmaras dos equipamentos.

Além do código de proteção e da encriptação, a Pitbull Wallet tem ainda a vantagem de não ter qualquer tipo de ligação. Nem Bluetooth, nem NFC, nem através da Internet. Resumindo, tem uma forte componente à prova de roubo.

A Onda Technology, uma organização sem fins lucrativos que tem investido em todos os projetos com capital próprio e com o tempo que sobra aos elementos da equipa, está a pedir ajuda no IndieGoGo para a realização do projeto. O objetivo é chegar aos 150 mil dólares nos próximos 43 dias - para já estão reunidos 315 dólares.

O protótipo funcional já está do lado do fabricante e está tudo a postos para começar a produzir - falta é garantir no mínimo 6.000 encomendas. Por muito que tivesse querido, João Paredes não encontrou ninguém em Portugal com competência suficiente para desenvolver este tipo de tecnologia. Caso a campanha no IndieGoGo seja um sucesso, será uma empresa de Taiwan, que já trabalha com a Visa e com a Mastercard, a ficar responsável pela primeira remessa.

A receção do projeto tem sido boa, na opinião do executivo da Onda Technology. "As pessoas acham a ideia muito interessante, uma ideia fantástica", revela, mas a verdade é que o projeto tem tido um início tímido. Quem quiser, por exemplo, pode assegurar um exemplar da Pitbull Wallet por dez dólares neste momento, cerca de 7 euros.

O recurso a empresas de capital de risco e a business angels não se mostrou muito atrativa já que João Paredes considera que os elementos a operar em Portugal nestas áreas são ainda pequenos.
 
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