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GF Ouro
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Féliz Correa, cônsul-geral da Venezuela na Madeira, chamou os jornalistas no Funchal para falar dos "incidentes violentos, vândalos e desestabilizadores" ocorridos no passado dia 13 de fevereiro.
Foi uma conferência de imprensa inédita que surge "em cumprimento das diretrizes emanadas pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jana Milano".
Féliz Correa afirmou querer "esclarecer a opinião pública" sobre o que está por detrás deste cenário que já provocou três mortos e dezenas de feridos. Na véspera da Marcha pela Paz convocada pelo lider do partido Volutad Popular, Leopoldo López, com mandado de captura emitido pela justiça venezuela, e que promete entregar-se às autoridades, Féliz Mendes Correa garante que "não haverá guerra civil", nem "banho de sangue", reiterando que a Venezuela vive em democracia. Um país onde impera a "liberdade de imprensa e de opinião" acusando os media internacionais de "censurarem tudo o que se faz de bom na Venezuela", dando mesmo a entender que há imagens da Ucrânia que supostamente são atribuidas aos conflitos no seu país.
Questionado sobre a ausência de notícias nomeadamente do canal Globovision, não respondeu, muito menos se Caracas está em contacto permanente com o Governo português tendo em conta o mais de meio milhão de emigrantes portugueses naquele país.
"Democracia não é outra coisa que não seja o governo das maiorias", referiu, lembrando o "passado rico" da Venezuela "na luta pela liberdade", acusando a oposição "fascista", nomeadamente Henrique Capriles, de integrar "uma agenda internacional" que tem por objetivo um"golpe de Estado" contra o povo e consequente queda do governo. Mas para isso é necessário que contem com as Forças Armadas e essas estão ao lado de Nicolás Maduro. Um cenário comparado ao golpe de Augusto Pinochet contra Salvador Allende no Chile, em setembro 1973, e que conta com a colaboração de "máfia colombiana para desviar bens de primeira necessidade" e desestabilizar a população.
"Nós estamos em cima da maior reserva de petróleo do mundo e querem pôr as mãos nisso", disse.
dn