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GF Ouro
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desafiou na sexta-feira o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, para um "diálogo de alto nível" entre os dois governos, enquanto a oposição protesta contra o seu executivo. Hoje, Caracas será palco de manifestações contra e a favor do Governo.
"Eu peço um diálogo consigo, Presidente Obama... entre a Venezuela patriótica e revolucionária e os Estados Unidos e o seu Governo. Aceite o desafio para realizarmos um diálogo de alto nível e colocar a verdade sobre a mesa", disse Maduro, numa conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros.
O Presidente reconheceu contudo a dificuldade desse diálogo. "Todas as conversações e relações com os Estados Unidos, de um país que queira ser livre, serão sempre conflituosas, difíceis, mas os conflitos, aprendeu a humanidade, há que os gerir pelas política e diplomacia", disse.
O desafio de Nicolás Maduro surge depois de o Governo dos Estados Unidos negar ter ameaçado a Venezuela com represálias caso mantenha preso o líder opositor Leopoldo López, cuja detenção, alertou, pode ter um "efeito intimidante" em toda a oposição venezuelana.
A Venezuela, palco há mais de 15 dias de uma onda de contestação ao Governo de Maduro, com a oposição a juntar-se aos estudantes em manifestações contra a insegurança, a inflação e a escassez de bens. As manifestações fizeram oito mortos e 137 feridos, tendo uma centena de pessoas sido detidas, segundo um balanço oficial divulgado na sexta-feira.
San Cristóbal, a capital do estado de Táchira onde os protestos começaram no início do mês, estava ontem calma depois de Maduro ter enviado soldados para a cidade. O argumento é a presença de "paramilitares colombianos" no estado, que faz fronteira com a Colômbia. Lojas fechadas e barricadas têm sido o dia-a-dia.
dn