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GF Ouro
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André Gomes, o jovem que no início de junho de 2010, na aldeia de Freixiel, violou e estrangulou Isolina Ramos, uma professora reformada de 88 anos, foi condenado esta quarta-feira pelo Tribunal de Vila Flor a 22 anos de cadeia.
Trata-se de um trabalhador agrícola de 25 anos, solteiro, residente naquela localidade do concelho vila-florense, que só foi detido pela Polícia Judiciária três anos depois do crime, após uma demorada investigação.
Os testes de ADN feitos a partir do vestígios da violação da idosa, nomeadamente na vagina, e na ponta de um cigarro encontrado no local, bem como os resultados da autópsia, foram determinantes para fazer a prova.
Tendo em conta os crimes de que foi acusado - homicídio qualificado, violação e coação sobre outra idosa da aldeia - e a forma como foram perpetrados ("método violento e doloroso"), o Ministério Público tinha pedido, na primeira e única sessão do julgamento, em cúmulo jurídico, uma pena "nunca inferior a 23 anos de cadeia", enquanto a defesa clamou inocência e a absolvição. Já o arguido não quis falar, facto que foi relevado pela defesa, acentuando que "o arguido ficou em silêncio para proteger alguém da família", ou seja, o verdadeiro autor do crime.
O crime ocorrido no dia 1 de junho de 2010 chocou a população daquela freguesia. André Gomes, então com 21 anos, entrou num anexo da casa da antiga professora primária para a violar. No ato, perante a resistência e os gritos da idosa, estrangulou-a. Depois fugiu sem furtar nada.
O cadáver de Isolina foi encontrado pelo seu empregado Daniel Pinto, cerca das 17 horas do dia seguinte. Ia pedir-lhe dinheiro para meter gasóleo no trator quando a viu morta e pediu auxílio.
jn