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Doença de Parkinson: investigadora de Coimbra premiada

kokas

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Set 27, 2006
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A investigadora da Universidade de Coimbra Sandra Morais Cardoso é a vencedora do Prémio Janssen Neurociências, de 50 mil euros, pela identificação de novas possibilidades terapêuticas para a doença de Parkinson.

O trabalho científico, que está a ser desenvolvido desde 2009, permitiu, numa primeira instância, descobrir a principal causa da doença de Parkinson, que será a disfunção da mitocôndria, responsável pela produção de energia nas células.

A equipa liderada por Sandra Morais Cardoso e composta pelas alunas de doutoramento Ana Raquel Esteves e Daniela Arduino identificou duas estratégias diferentes que permitem «diminuir as lesões patológicas», a partir dessa primeira descoberta.

Uma das estratégias passa pela inibição da enzima Sirtuína 2 que, quando ativada erradamente, era responsável pela modificação da tubulina, uma componente fundamental nas «autoestradas» do neurónio, explicou a investigadora.

Outro alvo terapêutico passou pela utilização de uma molécula que liga os microtúbulos do neurónio (as autoestradas) e que leva a que estes «funcionem melhor», aclarou.

«Esperemos que as terapêuticas sejam aplicadas a doentes de Parkinson», afirmou Sandra Morais Cardoso, considerando, contudo, que não quer dar «falsas esperanças».

Recordou que, «no mínimo dos mínimos», levará mais dez anos até que a descoberta possa ser aplicada em humanos, tendo que haver antes ensaios com animais.

A investigadora sublinhou que «quanto mais conhecimento há da doença mais fácil será chegar-se a um alvo terapêutico».

Sandra Morais Cardoso frisou também que «os cortes na investigação científica fazem com que seja muito difícil trabalhar», lembrando que agora a equipa terá que voltar «a pedir financiamento para continuar o projeto».

O prémio de 50 mil euros «vai para apoiar os investigadores do grupo, para não ficarem desprotegidos», disse, manifestando o seu «orgulho» aquando da receção da notícia.

A equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra teve «colaborações pontuais com outros grupos do mundo», informou Sandra Morais Cardoso.

Na nota de imprensa relativa ao prémio é afirmado que o trabalho desenvolvido pelo grupo da Universidade de Coimbra é «uma descoberta científica pioneira a nível mundial».

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