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Sócrates irrita-se: "Não vinha preparado para isto"

kokas

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José Sócrates entrevistado por Rodrigues dos Santos
No seu habitual espaço de comentário, transformado numa entrevista sobre a sua governação, o ex-primeiro-ministro foi confrontado com afirmações que fez em 2010 e 2011. E a atualidade quase que ficou para segundo plano.
Não foi um espaço de comentário habitual, em nenhum dos canais de televisão com políticos a fazerem de comentadores. No espaço de José Sócrates, que a RTP transmite aos domingos, o jornalista José Rodrigues dos Santos puxou dos seus "arquivos" (notícias de 2010 e 2011) para confrontar o ex-primeiro-ministro socialista com afirmações suas perante o comentário da atualidade. Mais ao jeito de entrevista que de comentário. "Não vinha preparado para isto", desabafou a determinado momento Sócrates.



Ao tema do consenso que a maioria tem pedido aos socialistas - e que terminou na passada segunda-feira com o encontro de São Bento com as "divergências insanáveis" entre o primeiro-ministro e o secretário-geral socialista - José Sócrates começou por apontar o dedo a "este consenso [que] é impossível de alcançar porque nem nos factos os dois partidos se entendem". E notou o antigo primeiro-ministro que "a palavra consenso está mal escolhida": deve ser "compromisso" o que o se pede, não consenso. "Não é razoável vir pedir que o PS avalize mais cortes", apontou Sócrates.
A partir daqui, Rodrigues dos Santos foi ao "arquivo", como se referiu o jornalista às notícias que trouxe com declarações de Sócrates para o confrontar com afirmações suas antigas, em que, por exemplo, defendia a necessidade de "consenso" ou de fazer "tudo o que for necessário" para atingir metas orçamentais.
Sócrates foi ficando cada vez mais irritado e explicando sempre as suas afirmações com o contexto da época - de um "governo sem maioria" ou apontando "a diferença" da política do seu executivo com a do Governo atual de Passos Coelho. "Sempre estimulei o crescimento económico", contrapôs à ideia "perigosa" da austeridade "que conduz ao descontrolo da dívida". "Por que é que um Governo que se concentra apenas na austeridade tem estes resultados?", atacou, descrevendo que a dívida e o défice continuaram a aumentar. "Os seus arquivos também deviam dizer isto", apontou o ex-primeiro-ministro.
No ajuste de contas entre passado e presente, Sócrates afirmou que "esta austeridade cega mata-nos", recordando as "apostas" da sua governanção nas energias renováveis ou no parque escolar, por exemplo. E questionou o jornalista pelas apostas do atual, para dar a resposta de que ao Executivo de Passos Coelho não se conhecem apostas.



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