• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

O enorme Clásico que deixou La Liga num nó

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
1024


O Real Madrid-Barcelona deu-nos 90 fantásticos minutos de futebol e abanou algumas ideias feitas. As notícias da morte do Barça, mais uma vez, são algo precipitadas. Quem tem Messi e Iniesta ainda é de outro mundo. E a máquina merengue ainda tem algo a provar frente aos rivais: não ganhou nenhum dos quatro clássicos para a Liga. A eufórica série de 31 jogos sem perder de Cristiano Ronaldo e companhia acabou como começou: vinha de outubro, precisamente da derrota no Camp Nou para a primeira volta (2-1). Resultado, a corrida ao título espanhol está feita num nó. Atlético e Real Madrid iguais na frente, o Barcelona a um ponto.

O jogo, esse, foi enorme. Teve tudo o que se pode pedir, e mais. Um hat-trick e mais uns quantos marcos históricos para Messi, um bis de Benzema, meia hora diabólica de Di María, muito Iniesta, nem tanto Cristiano Ronaldo. O clássico que todo o mundo quer ver, que tinha 700 jornalistas de todos os cantos do planeta acreditados, esteve à altura da sua história. Acima, talvez. É a apenas a terceira vez que o Barça vence no Bernabéu por quatro golos. A anterior tinha sido o 2-6 de 2009, lembra-se?

Em campo, poucas novidades. No Barcelona apenas a aposta de Tata Martino em Neymar para o onze titular, de resto as opções habituais de um e outro lado. Entrou forte o Barcelona, a gerir a bola, o Real Madrid tentava responder com subidas rápidas depois das recuperações. Neymar ameaçou logo aos três minutos, aos seis minutos aconteceu mesmo o golo. Um passe maravilhoso de Messi a descobrir Iniesta, na esquerda, que não deu hipótese a Diego López.

O golo é o Barcelona no seu melhor, o remate final de uma jogada que começa lá atrás e se fez de 24 passes, segundo este dado estatístico da Opta.


O Barcelona, que acabou o jogo com 65 por cento de posse de bola, contra 35 do Real, concentrou-se de resto em tentar controlar Cristiano Ronaldo, e conseguiu-o durante grande parte do tempo. Mas havia outro e Di María aproveitou para fazer o que quis em 20 minutos diabólicos na primeira parte.

O argentino apareceu inúmeras vezes lá na frente, nas respostas rápidas do Real Madrid quando recuperava a bola, e partiram dos seus pés os passes para os dois golos merengues. Ambos para Benzema.

Primeiro aos 20 minutos, depois de um cruzamento de Di María para a cabeça do francês. Angelito ficou com queixas depois desse passe, mas regressou a tempo de fazer mais uma assistência aos 24m, desta vez para o francês encher o pé e assinar um grande golo.

Até aqui o clássico dava-nos outra notícia, havia vida para lá da bipolarização Cristiano Ronaldo- Messi, os protagonistas por esta altura eram outros.

Foi meia hora louca, depois abrandou. E já se esperava pelo intervalo quando Messi se intrometeu de vez na história e inventou o 2-2, aproveitando uma confusão na área para sair a marcar.

Ao golo do empate seguiu-se um desaguisado entre Fabregas e Pepe que se generalizou aos outros jogadores. O árbitro resolveu-a com um amarelo para cada um. Foi feio, como pode ver pelas imagens abaixo.

14112250


14112212


O intervalo chegava nisto, o clássico a dar tanto ou mais do que prometia. Depois veio a segunda parte e foi diferente. Mais faltas, mais tensão, mais polémica.

E três-grandes penalidades-três.

Dani Alves fez falta sobre Cristiano Ronaldo aos 55m, mas as repetições mostram que foi fora da área. O árbitro marcou penálti e o português não falhou. 3-2, o Real Madrid passava de novo para a frente.

Nem faltou a expulsão de Sérgio Ramos

Mas depois o jogo virou, quando Sérgio Ramos foi expulso por falta sobre Neymar na área. O brasileiro tinha sido lançado por Messi e estaria em fora de jogo. Seja como for, o defesa viu vermelho direto. Nem isso faltou ao clássico. Ramos já era o jogador do Real Madrid com recorde de expulsões, agora aumentou a marca: são 19 vermelhos ao todo na sua carreira.

Messi não falhou, voltou a empatar o jogo e o Barça passou a jogar frente a dez. Do banco, Ancelotti tentou equilibrar, fez entrar Varane mas tirou Benzema, o jogador mais letal do Real. O Barcelona ganhou definitivamente ascendente no jogo e esteve muito perto de voltar a marcar.

Conseguiu-o em novo penálti. Agora um lance envolvendo Iniesta, Carvajal e Xabi Alonso, o médio fez falta sobre o jogador do Barça. Veio Messi, marcou, completou o seu hat-trick e tornou-se um bocadinho mais imortal.

Melhor marcador de sempre em clássicos com o Real (tinha 18, tal como Di Stéfano, sai do Bernabéu com 21, sendo que 12 deles foram marcados no Bernabéu. De caminho tornou-se o segundo melhor marcador de sempre da liga espanhola: 236 golos, mais dois que Hugo Sanchez e mais perto de Telmo Zarra e dos seus 51 golos.

Leo, que esteve parado esta época perto de dois meses por lesão, parece de volta o seu melhor e até voltou a intrometer-se na luta pelo título de goleador desta Liga. Cristiano Ronaldo continua na frente, agora com 26 golos, segue-se Diego Costa, que passou a ter 23 depois de também ter marcado nesta tonda, Messi já leva 21, depois de dois hat-tricks seguidos.



mf
 
Topo