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GF Ouro
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A atuação da polícia de intervenção da Grécia revela uma cultura enraizada e duradoura de abusos e de impunidade, para além de ligações ao partido de extrema-direita Aurora Dourada, denuncia um relatório da Amnistia Internacional (AI) hoje divulgado.
A organização de defesa dos direitos humanos refere ter continuado a receber numerosas alegações de violações dos direitos humanos praticados pela polícia de intervenção, antes e durante o controlo de manifestações, incluindo o uso excessivo da força, abuso de instrumentos repressivos ou transferência arbitrária de manifestantes, incluindo menores, para esquadras de polícia sem provas de qualquer ofensa.
No relatório de 65 páginas intitulado "Eles são a lei: uma cultura de abuso e impunidade na polícia grega"estão ainda incluídos numerosos testemunhos de refugiados e migrantes sobre a forma como foram maltratados em centros de detenção, durante expulsões coletivas por guardas-costeiros gregos em direção à Turquia, ou em operações de repressão à imigração ilegal.
A AI também recebeu relatos sobre o uso excessivo da força no controlo dos protestos motivados pelos longos períodos de detenção, e as escassas condições nos centros de detenção de imigrantes em todo o país.
A pesquisa da AI revela que "persistem as falhas sistemáticas que estimulam a impunidade dos agentes da autoridade envolvidos em violações dos direitos humanos" e assinala o falhanço das autoridades policiais e judiciais na promoção de "investigações imparciais, efetivas e atempadas" para fazer comparecer os suspeitos perante a justiça, e a incapacidade em garantir uma solução efetiva.
"A impunidade constitui um dos maiores fatores que conduzem às recorrentes violações dos direitos humanos pelos agentes da autoridade", indica o documento, que se baseia numa pesquisa realizada pela AI entre julho de 2012 e fevereiro de 2014 e na sequência de um primeiro relatório divulgado em julho de 2012 intitulado "Violência policial na Grécia: não apenas 'incidentes isolados'".
dn