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GF Ouro
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A CP desativou locomotivas que tinha acabado de modernizar, porque a compra de 25 máquinas novas da Siemens, por 105 milhões de euros, deixou a empresa pública sem serviço para tanta locomotiva.
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Locomotivas estão a apodrecer na estação do Entroncamento |
"Berlim manda, Lisboa obedece. E os interesses alemães levam a que, provavelmente, se comprem coisas que não fazem falta", comentou o líder do Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, Francisco Fortunato, defendendo que a compra à multinacional alemã foi, no mínimo, exagerada no número de locomotivas.
Há que recuar a 2004 para entender por que é que a CP mantém encostadas, no Entroncamento, 26 locomotivas elétricas da série 2600 e "em bom estado, fantásticas" - como avalia um técnico da empresa, para quem está em causa, "se não coisa pior, gestão danosa de fundos públicos". É em abril daquele ano, durante o Governo de Durão Barroso, que a CP lança o concurso para fornecimento de 15 locomotivas elétricas, mais dez de opção. Ainda governava Santana Lopes, quando foi dada vitória à concorrente Siemens, mas as encomendas de 15 locomotivas em 2006 e dez em 2007 seriam feitas já com José Sócrates no poder.
O objetivo era substituir 25 locomotivas das séries 2500 e 2550, das décadas de 1950/60, no transporte de mercadorias. E foi o que fizeram as novas máquinas, série 4700, depois de entregues à CP, em 2009, pelo preço de 105 milhões de euros (101 para a Siemens e quatro para fornecedores de equipamentos extra).
jn