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GF Ouro
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O ministro do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres, anunciou que a Venezuela vai formar nos próximos dias uma brigada cívico-militar para desenvolver ações no combate à alegada presença de paramilitares colombianos.
"Vamos começar a atuar pontualmente, onde tenhamos que atuar, para reduzir a presença de paramilitares e evitar que possam desenvolver ações contra o Estado e contra os venezuelanos", disse. O ministro falava em Caracas, durante uma conferência de imprensa, pela ocasião da libertação de Nairobi Pinto, uma conhecida jornalista, coordenadora de delegações do canal de televisão Globovisión, que esteve sequestrada durante 10 dias.
Segundo Miguel Rodríguez Torres, a nova brigada surgiu na sequência de uma investigação sobre a presença de paramilitares colombianos em território venezuelano, que se estariam a organizar para ações armadas contra o Governo da Venezuela. "Não posso avançar muito, porque estaria a revelar coisas que se estão a investigar, mas há experiências que indicam que são capazes disso (ações armadas contra o Governo) e mais", disse aos jornalistas.
O ministro recordou que há 10 anos, a 9 de maio de 2004, foram capturados 150 paramilitares colombianos que estavam a ser treinados na fazenda Daktari, em Caracas, para atentar contra o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Com frequência, familiares de sequestrados dão conta de que são contactados telefonicamente por pessoas com sotaque colombiano durante as situações de rapto, que supõe integram grupos subversivos, guerrilheiros e paramilitares da vizinha Colômbia.
dn