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GF Ouro
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Militares ucranianos e militantes pró-Rússia enfrentam-se no terreno
O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Iatseniuk, voltou hoje a dirigir acusações contra a Rússia na véspera da cimeira de Genebra.
"O que se passa hoje representa um perigo para a Europa e União Europeia. Está claro que os nossos vizinhos russos decidiram construir um novo muro de Berlim e querem o regresso à guerra fria", declarou Iatseniuk, no início do Conselho de Ministros na Ucrânia.
Entretanto, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou, durante uma conversa telefónica, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que a Ucrânia está à beira da guerra civil. E o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo fez saber que o melhor seria a Ucrânia pensar num modelo federal para o futuro.
No terreno, um grupo de cerca de 20 homens armados e encapuçados entrou hoje de manhã na Câmara de Donetsk, grande cidade do leste da Ucrânia, noticiou a AFP. Há também notícia da captura de dois soldados ucranianos na região de Lougansk, leste da Ucrânia, por indivíduos armados, anunciou o Ministério da Defesa da Ucrânia. Em Kramatorsk, refere ainda a AFP, em três blindados e num camião que transportavam homens armados sem farda era visível a bandeira da Rússia. O comboio de veículos dirigia-se para Slaviansk, onde tem havido vários incidentes com militantes pró-Rússia.
Manifestantes pró-russos proclamaram também hoje na internet a criação da "República Popular de Odessa", cidade do sul da Ucrânia banhada pelo Mar Negro, à semelhança do que ocorreu a 07 de abril em Donetsk, no leste. "A partir do dia de hoje, a região de Odessa declara-se república popular de Odessa, onde todo o poder é do povo que vive no seu território", escreveram os pró-russos de Odessa na sua página na internet.
No texto, citado pela agência EFE, os pró-russos de Odessa afirmam que começou uma guerra civil na Ucrânia e apelaram à população para bloquear os transportes para a cidade
dn