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Inglaterra analisa regresso a Portugal de crianças retiradas a casal

kokas

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Set 27, 2006
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Os serviços sociais britânicos aceitaram iniciar o processo que poderá conduzir à entrega da guarda dos cinco irmãos retirados a um casal emigrante português a uma instituição em Portugal, confirmou esta sexta-feira à Lusa o secretário da Estado das Comunidades.

A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo jornal Público, segundo a qual os serviços sociais do Lincolnshire aceitaram a proposta apresentada, na quinta-feira, pelo adido social da embaixada em Londres, José António Galaz, e pelo cônsul-geral de Manchester, Carlos Sousa Amaro.

Há um ano, a justiça britânica retirou os cinco filhos ao casal português, por suspeita de maus tratos, entregando-os aos serviços sociais.

As cinco crianças, de três, cinco, sete, 13 e 14 anos, têm estado à guarda dos serviços sociais do condado de Lincolnshire, no este de Inglaterra, por alegados maus tratos físicos.

Um ano depois, «os serviços sociais do condado de Lincolnshire aceitaram iniciar o processo administrativo que poderá conduzir a entrega da guarda das crianças a uma instituição portuguesa, na ótica de os cinco irmãos se manterem juntos, que foi a nossa preocupação desde o início», adiantou o secretário de Estado das Comunidade.

Agora irá ter início «um processo administrativo e também jurídico» que José Cesário espera que «conduza à solução» que as autoridades portuguesas desejam e que «foi acertada com os pais»: As crianças permanecerem juntas.

José Cesário chamou a atenção para o facto de «o processo ter exigências e ser ainda prematuro ter a certeza absoluta acerca do que vai acontecer».

Segundo o secretário de Estado, uma instituição portuguesa já se «disponibilizou para receber as crianças», mas o seu nome ainda não será divulgado, porque é «uma questão» que terá de ser analisada com as autoridades inglesas.

As autoridades inglesas irão agora contactar as autoridades portuguesas e enviar um conjunto de questões que serão posteriormente endereçadas a esta instituição em Portugal, explicou.

Depois terá de haver um interlocutor em Portugal que irá articular o processo com as autoridades inglesas. «Só no final é que teremos resultados», sublinhou.

José Cesário disse que «ainda não há previsão» de quando as crianças irão regressar a Portugal, mas garantiu que o assunto será tratado com «a máxima celeridade».

«Os ingleses foram extremamente abertos e disponíveis para encarar uma solução desse tipo [regresso das crianças a Portugal]», disse, acrescentando: «Estamos convencidos que o processo irá decorrer com alguma rapidez, mas há sempre diligências que nos ultrapassam».

Os pais das crianças Carla e José Pedro, que têm sido apoiados pela associação McKenzie Friends, prometem continuar a lutar pela custódia dos filhos e pensam regressar a Portugal caso consigam recuperá-los ou pedir a sua transferência para uma instituição portuguesa.

«Só quero os meus filhos para me ir embora daqui. Nem que seja numa instituição em Portugal, em vou para Portugal e meto os papéis em tribunal. Eu luto pelos meus filhos, eu não fiz nada. Eu corro o mundo inteiro, eu não vou desistir», disse, em março, José Pedro à Lusa.

O casal, de 43 e 36 anos, emigrou de Almeirim para o Reino Unido em 2003. A mãe está desempregada e já não recebe apoios sociais, mas o pai trabalha.



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