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Engodagem

Fonsec@

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Um pescador feito não deve mudar de engodo cada vez que vai à pesca. Um pescador experiente tem a obrigação de ao longo dos anos em que evoluiu como tal ter encontrado aquela ou aquelas misturas de farinhas, sejam elas de compra ou de fabrico caseiro que lhe dão mais confiança e das quais tira melhor rendimento na pesca. Ao aconselhar a utilização de poucas qualidades de engodo na nossa pesca não quero com isto dizer que com único engodo resolveremos todas as situações que se nos deparem. É óbvio que um engodo bom para carpas o não será certamente para bordalos, pois são peixes com hábitos alimentares diferentes, assim como um engodo para rio será concerteza diferente de um para águas paradas. Portanto o que aconselho é que com o decorrer do tempo se fixem apenas em dois ou três tipos de engodo nos quais ganhem confiança, lhe conheçam as manhas e aprendam como ele se comporta nestas ou naquelas águas. Notem que na maior parte das vezes, um engodo de fundo não muito colante vira um razoável engodo se superfície ou meias águas, desde que a este se adicione mais água para que rebente à superfície ao ser lançado ao meio aquático onde pescamos.
engodo_small.jpg

Composição
Um bom engodo deve ser composto por substâncias alimentares frescas do agrado das espécies a que se destinam. Pode ser um composto de vários produtos vegetais tais como as farinhas de trigo, amendoim, milho ou apenas um deles o que é menos comum, e ainda incluir outros de origem animal como sangue, asticots, etc. Porque se misturam várias farinhas? Ao misturarem-se farinhas pretende-se com isto adicionar ao composto as suas qualidades gustativas, e ainda outras características próprias que são por exemplo, as laxativas: casa da farinha de cânhamo de particular agrado dos barbos; as aglutinantes: caso da farinha de amendoim e noz esta também com a faculdade de escurecer um pouco a nossa mistura; as dispersantes: como a farinha de milho ligeiramente torrada com o seu efeito de nuvem desde que moída muito fina. Há no mercado muitas outras farinhas que poderão experimentar, também há imensos aditivos que podemos juntar ao nosso engodo para lhe conferir outras qualidades, esses produtos são por exemplo, o PV1, a argila, coco ralado, brasem, biscoitos, etc. Assim, e partindo do príncipio que a base do nosso engodo será sempre o pão ralado bastará juntar a este outras farinhas para conseguirmos um engodo capaz de funcionar bem nas mais variadas situações. Se quisermos fazer as nossas experiências bastará termos presente quais os peixes e em que tipo de águas vamos pescar. É pois lógico colocarmos no nosso engodo uma farinha colante numa maior quantidade, como o amendoim se o nosso pesqueiro for muito fundo, como acontece em algumas barragens, ou ainda adicionarmos mais farinha colante, por exemplo noz, se o nosso pesqueiro for num rio de corrente muito forte. Se pretendermos um engodo mais de superfície e para pesca rápida a peixes pequenos, deveremos anular as substâncias muito colantes e usar o pão ralado muito fino, reduzido a pó, para que na água se forme uma nuvem que excite os peixes e, no entanto, os não alimente, mantendo-os na busca activa do nosso isco. Ao engodo deve ser sempre adicionado um pouco do isco com que vamos pescar. Se o isco for batata, caso das carpas, coloquemos batata no engodo em bocadinhos mais pequenos que o que utilizamos no anzol; se o isco for asticot um bom punhado de asticot no engodo, procederemos assim com todos os outros iscos. Também poderemos incluir simultaneamente na nossa mistura, sementes de cânhamo, milho, casters, asticot, fouillis e vers de vase estes últimos com aplicação preferencial em engodos de superfície a peixes pequenos.
engodo2_small.jpg
Fórmulas
Pescadores há que criam autênticas "saladas russas", e, se também chamam o peixe, não será certamente devido à complexidade das suas fórmulas. Há mesmo os que compram três engodos de marcas diferentes e os misturam entre eles... agora imaginem a caldeirada que isto dá se o fabricante de cada um deles empregar no seu engodo cinco produtos distintos. A base do meu engodo é as já bem conhecidas 4 farinhas (milho, amendoim, bolacha e pão ralado) misturando depois ou um Amorim fundo ou um Especial carpas. Situações as há em que necessito de fazer ligeiras alterações na fórmula atrás referida, por exemplo para a pesca dos pimpões em que retiro o amendoim e misturo uma farinha de baunilha. Para as bogas uso apenas as 4 farinhas peneirando bem o engodo.
Amassar o engodo
O primeiro passo será o amassar do engodo, no caso das farinhas. Se partirmos do princípio que previamente já peneirámos separadamente as farinhas bastará agora colocá-las nas partes correspondentes na amassadeira, depois do produto bem homogeneizado juntaremos água a pouco e pouco. mexendo muito bem até notarmos que com um pequeno aperto da mão se consegue obter uma bolinha tipo rubgy e que não se desfaz facilmente. Um conselho que vos dou é de não colocarem todo o engodo de uma só vez na amassadeira, pois se inadvertidamente colocarmos um excesso de água na mesma e o nosso engodo ficar demasiadamente líquido , rapidamente com mais um pouco de farinha corrigiremos a situação. Seguidamente faremos passar o nosso engodo, agora húmido, por uma peneira para que se desfaçam os grumos que facilmente alimentariam em demasia os peixes; depois e enquanto montamos o resto do nosso equipamento, colocaremos o engodo a repousar à sombra a fim deste absorver toda a água. Finalmente, quando se aproximar a altura de engodar misturamos no engodo os iscos e sementes que acharmos convenientes, faremos inicialmente bolas bem apertadas, maiores em pesqueiros muito fundos ou em correntes fortes e mais pequenas em pesqueiros baixos e correntes mais fracas, poderemos, no príncipio da pesca, engodar com um pouco do nosso engodo solto para excitar mais rapidamente o peixe, mas sem exageros. Durante a pesca só deveremos engodar com pequenas bolas de engodo (tamanho de uma nós pequena).
Colocação do engodo
engodo3_small.jpg

Em primeiro lugar deveremos ter o cuidado de achatar as nossas bolas de engodo, para que elas não rolem com a corrente ou lhes aconteça o mesmo no caso de margens muito íngremes. Outro problema que nos acontece é que quando colocamos muito asticot, este fura rapidamente as nossas bolas iniciais de engodo destruindu-as, o truque é utilizarmos o bicho colado e contuirmos a bola à volta deste. No caso de uma corrente muito forte deveremos engodar um pouco a montante do nosso pesqueiro; correntes fracas e médias engodaremos bam para a nossa frente, notem que a linha só estará em acção de pesca depois de ter percorrido alguma distância para jusante do local onde a lançarmos; em barragem nunca engodem para lá da bóia, pois correm o risco de nunca conseguirem pescar em cima do engodo, como já se disse ele pode rolar um pouco. Deveremos ainda, e sempre que se deparem pesqueiros com plantas aquáticas, sombras ou remansos provocados por pedras, árvores caídas ou curvas dos rios depositar aí o engodo, desde que a nossa cana lé possa depositar a linha em correcta acção de pesca. E para finalizar, ter em conta que a corrente perde velocidade junto Às margen e junto ao fundo dos rios e canais.
 
H

helldanger1

Visitante
Amigo Fonsec@ eu tenho um engodo que leva 4 tipos deles, realmente é eficaz,convem salientar que as quantidades sao medidas nao a olho :Espi06: ,mas sim pq cada um tem o seu efeito,so para embelezar sao feitas pequenas bolas e mete.se no anzol ehehehehe
o maior exemplar pesava 8klg,levei 30 minutos pro tirar,ja me doia tudo!
cumpts
hell
 

xinks

GF Prata
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quanto a mim a preparação do engodo tem que ser feito mediante o peixe que queremos pescar, por exemplo:
quando quero pescar Tainha, Carpa, e por vezes Barbos eu utilizo a farinha para Pintos 115 com batata cozida, e até agora tem dado resultados, mas se quiser pescar Bogas,já tenho que utilizar daqueles engodos que há á venda nas lojas e fazer uma mistura de vários.
se quiser pescar Axigã, isso não há nada melhor que a Perdelha, pelo menos na minha zona
 

Fonsec@

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A ENGODAGEM

A engodagem e a sondagem prefazem o conjunto das operações mais importantes na pesca desportiva. Quando vou pescar com os amigos, noto que bastantes pessoas engodam de qualquer maneira. Por vezes cai um bola de engodo 1 metro antes da boia, logo depois cai outra 2 metros depois e por diante. Talvez na pesca a brincar isso não seja importante, pois o convivio é o que mais conta. O mesmo já não se pode dizer da pesca de competição. Em julho de 2001, durante uma prova da 2ª Divisão Nacional, aconteceu-me uma coisa que retrata bem os problemas da engondagem. Quando se tem que manter um ritmo certo de tiragem de peixe, é muito complicado trabalhar a engodagem. Um dos aspectos que por vezes deixa os pescadores de competição fora de si, até ao ponto de atirarem com a cana, é o facto dos peixes se desferrarem. Pois bem, a primeira coisa que nos vem à ideia é o anzol, coitado é sempre o culpado. E é então que colocamos um maior. Qual não é o espanto quando as coisas ficam na mesma, ou pior. A engodagem é muitas vezes a culpada. Como dizia à pouco, durante a prova da 2ª Divisão Nacional, em Cabeção, aconteceu-me isso mesmo. Levei cerca de 30 minutos a descobrir o que se passava. Eu estava a pescar com asticot branco no anzol. A certa altura deixei de mandar asticot colado e passei a mandar solto pois os colados estavam muito humidos e pegavam-se bastante às mãos (para quem desconhece deve-se ter à mão farinha de milho que esta não permite que os asticots se colem às mãos), para ajudar eu tinha perdido a farinha de milho. Bichos soltos só tinha vermelhos e amarelos, não liguei e foi mesmo desses que usei, qual não é o meu espanto quando ao fim desses tais 30 minutos quando decidi colocar asticot vermelho no anzol já num acto de desespero, pois a partir daí não se desferrou mais nenhum. Isto não significa que se deve engodar e pescar com asticot vermelho. O que isto explica é que os peixes tem gostos muito certos em cada dia, provalvelmente ficaram desconfiados de andarem asticots brancos no meio dos vermelhos. Atenção que às vezes é ao contrário, são os asticots que diferem dos que usamos na engodagem que dão melhor resultado.

Quanto à engodagem inicial pouco à dizer, normalmente em competição deita-se quase sempre cerca de 2 a 3 kg de engondo (farinha), cerca de 1m ou mais antes da boia, consoante seja o fundo liso ou inclinado. O principal cuidado a ter, e que muitas vezes é fatal a muitos pescadores no inicio de uma competição são os buracos e as grandes inclinações, ora veja o seguinte filme que mostra um exemplo d que pode acontecer se não se sondar também à frente do local onde vamos pescar.

engodagem.gif


Aqui o ideal seria depois de conhecida a barreira mandar menos engodo e mais ceriais, pois senão correriamos um grande risco, também não seria má ideia preparar uma cana de carreto para pescar exactamente no buraco, não fosse o peixe ficar lá mesmo que nehuma ou quase nenhuma bola escorregasse, visto ser uma zona muito afundada.

Estes dois casos apresentados reflectem a genarilidade do que de mais grave pode acontecer. O resto é treino. Por vezes num local e numa certa altura os peixes preferem os asticots noutras alturas o engondo, etc.

Um local carismático em que a manutenção do peixe (em termos de ritmo) é fundamental e por vezes bastante complicada é sem dúvida o Chopal em Coimbra. Acontece bastantes vezes o peixe tornar-se de um momento para o outro muito complicado de ferrar. Por vezes e quase sempre é falta de comida que os leva a picar com muita viloência e por consequência ficarem mal ferrados, ou nem sequer engolirem o anzol, mais engodo e com mais ritmo resolve a situação.
 

C.S.I.

GF Ouro
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A ENGODAGEM

A engodagem e a sondagem prefazem o conjunto das operações mais importantes na pesca desportiva. Quando vou pescar com os amigos, noto que bastantes pessoas engodam de qualquer maneira. Por vezes cai um bola de engodo 1 metro antes da boia, logo depois cai outra 2 metros depois e por diante. Talvez na pesca a brincar isso não seja importante, pois o convivio é o que mais conta. O mesmo já não se pode dizer da pesca de competição. Em julho de 2001, durante uma prova da 2ª Divisão Nacional, aconteceu-me uma coisa que retrata bem os problemas da engondagem. Quando se tem que manter um ritmo certo de tiragem de peixe, é muito complicado trabalhar a engodagem. Um dos aspectos que por vezes deixa os pescadores de competição fora de si, até ao ponto de atirarem com a cana, é o facto dos peixes se desferrarem. Pois bem, a primeira coisa que nos vem à ideia é o anzol, coitado é sempre o culpado. E é então que colocamos um maior. Qual não é o espanto quando as coisas ficam na mesma, ou pior. A engodagem é muitas vezes a culpada. Como dizia à pouco, durante a prova da 2ª Divisão Nacional, em Cabeção, aconteceu-me isso mesmo. Levei cerca de 30 minutos a descobrir o que se passava. Eu estava a pescar com asticot branco no anzol. A certa altura deixei de mandar asticot colado e passei a mandar solto pois os colados estavam muito humidos e pegavam-se bastante às mãos (para quem desconhece deve-se ter à mão farinha de milho que esta não permite que os asticots se colem às mãos), para ajudar eu tinha perdido a farinha de milho. Bichos soltos só tinha vermelhos e amarelos, não liguei e foi mesmo desses que usei, qual não é o meu espanto quando ao fim desses tais 30 minutos quando decidi colocar asticot vermelho no anzol já num acto de desespero, pois a partir daí não se desferrou mais nenhum. Isto não significa que se deve engodar e pescar com asticot vermelho. O que isto explica é que os peixes tem gostos muito certos em cada dia, provalvelmente ficaram desconfiados de andarem asticots brancos no meio dos vermelhos. Atenção que às vezes é ao contrário, são os asticots que diferem dos que usamos na engodagem que dão melhor resultado.

Quanto à engodagem inicial pouco à dizer, normalmente em competição deita-se quase sempre cerca de 2 a 3 kg de engondo (farinha), cerca de 1m ou mais antes da boia, consoante seja o fundo liso ou inclinado. O principal cuidado a ter, e que muitas vezes é fatal a muitos pescadores no inicio de uma competição são os buracos e as grandes inclinações, ora veja o seguinte filme que mostra um exemplo d que pode acontecer se não se sondar também à frente do local onde vamos pescar.

engodagem.gif


Aqui o ideal seria depois de conhecida a barreira mandar menos engodo e mais ceriais, pois senão correriamos um grande risco, também não seria má ideia preparar uma cana de carreto para pescar exactamente no buraco, não fosse o peixe ficar lá mesmo que nehuma ou quase nenhuma bola escorregasse, visto ser uma zona muito afundada.

Estes dois casos apresentados reflectem a genarilidade do que de mais grave pode acontecer. O resto é treino. Por vezes num local e numa certa altura os peixes preferem os asticots noutras alturas o engondo, etc.

Um local carismático em que a manutenção do peixe (em termos de ritmo) é fundamental e por vezes bastante complicada é sem dúvida o Chopal em Coimbra. Acontece bastantes vezes o peixe tornar-se de um momento para o outro muito complicado de ferrar. Por vezes e quase sempre é falta de comida que os leva a picar com muita viloência e por consequência ficarem mal ferrados, ou nem sequer engolirem o anzol, mais engodo e com mais ritmo resolve a situação.


Disseste em 2001 numa prova da 2ª divisão nacional? tem graça que eu tambem disputei a 2ª nacional, e deve ter sido mais ou menos nesse ano.
Conheces o Fradique? Pescava na Académica de Santarém ? eu pesquei com ele quando ele desceu à 2ª Div. Nacional.
 
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