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Luiz de Mattos e o Espiritismo.

Wilson Pernalonga

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Mar 4, 2014
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Comunicação dada pelo Mestre Luiz de Mattos sobre Espiritismo.

Quanta curiosidade sobre o espiritismo! Freqüentar uma sessão espírita, para certas criaturas, chega a ser um divertimento; saber o que lá se passa, ouvir o que os espíritos dizem, esperar a manifestação de um parente ou a resposta a uma pergunta mental, tudo isso diverte, é muito interessante, é assunto para conversa, aliás, muito comum na época, e chega a ser moda. No entanto, o espiritismo é uma coisa muito séria, séria demais para se brincar com ele. Séria demais para qualquer um se divertir a sua custa. Brincar com o espiritismo é o mesmo que brincar com o fogo; podem os seres se queimar e as queimaduras podem ser graves. Espiritismo é uma ciência complicada, profunda, vasta e eclética, como bem disse Pinheiro Guedes.


É uma ciência que requer estudo todos os dias para ser compreendida. Não será apenas com assistência a algumas sessões, ouvindo alguns espíritos, assistindo a alguns fenômenos que se ficará seguro do que é o espiritismo. Ciência profundamente eclética, ela esclarece, fortifica o espírito, mas, se a criatura não tiver firmeza, pode, também, levá-la à loucura. Criaturas há que se fanatizam por assuntos espíritas e, de tal forma, que só encontram satisfação quando neles se envolvem. Têm prazer em exercer a mediunidade como passatempo, como distração, trabalho esse que nós condenamos, quando da mediunidade se faz distração. Que muitas criaturas cheguem ao espiritismo em busca de alívio para os seus males, numa aflição, para salvar um ente amigo, ou um ente querido de família, até aí, nós concordamos, porque, na hora da aflição, lança-se mão de tudo; mas brincar com o espiritismo, não. É preciso estudá-lo e compreendê-lo.


O estudo psíquico é uma necessidade; estudar psiquismo não é confabular com os espíritos, nem viver freqüentando sessões espíritas e fazer sessões em família; estudar psiquismo é procurar conhecer a vida fora da matéria, o que seja a lei de atração, os males efetuados pelos espíritos em estado de perturbação, males psíquicos, males que existem e que precisam ser curados pelo Racionalismo Cristão, pois que, materialmente, nada conseguirão. A medicina não consegue curar os males do espírito; ela pode curar a matéria, ela tem progredido na cura dos corpos, mas não pode curar o espírito, porque o mal é psíquico e, portanto, só uma terapêutica psíquica pode fazer efeito. Esse tratamento só produz resultado satisfatório quando há ambiente espiritual.


É da máxima importância o estudo da vida fora da matéria; é preciso que as criaturas saibam e sintam que o pensamento é uma força poderosa. É pelo pensamento que o ser pode atrair o bem e o mal, pode ser feliz e infeliz. Pelo pensamento pode a criatura criar na sua imaginação figuras, fatos que podem vir a se dar, porque na sua aura –espelho do seu espírito – tudo se reflete, grava-se tudo quanto se passa no seu pensamento, e é nesse pensamento que vão os espíritos inferiores, os espíritos desencarnados, servir-se daquilo que eles criaram na sua imaginação, no seu pensamento enfermiço e doentio. Desconhecendo o ser o que seja a vida fora da matéria, o que seja a ação psíquica, fica como que abandonado, entregue à sua própria ignorância e sujeito, com facilidade, aos avassalamentos.


Há criaturas infelizes, perturbadas, que se sentem nervosas, intranqüilas, que não dormem, que tudo as incomoda, que se irritam por tudo, por culpa única e exclusiva da sua falta de estudo e raciocínio. São essas as criaturas enfermas do espírito e o seu caso é puramente psíquico. Há, pois, necessidade de se estudar o que seja a vida psíquica, para não se brincar com uma coisa perigosa. A freqüência, pois, às sessões espíritas, é um perigo, é um perigo, porque o espírito, ou a criatura desprevenida, que não conhece o espiritismo nem os seus efeitos, avassala-se e chega à loucura e a enfermidades físicas. A freqüência a essas sessões é um meio de atrair, mais dia menos dia, a infelicidade.


Não temos interesse em ver as nossas Casas cheias, mas, sim, que se esclareçam aqueles que a elas chegam. As nossas Casas se enchem porque sentem-se bem aqueles que as freqüentam com assiduidade. Não enganamos ninguém, não fazemos, tampouco, concorrência às propaladas "casas espíritas", porque consideramos esta Doutrina como sendo o Espiritismo Racional e Científico Cristão. Esta Doutrina esclarece, fortifica os espíritos, prepara-os para a vida, tornando-os fortes, valentes, confiantes em si próprios, não lhes promete proteção alguma, porque a melhor proteção é aquela que a criatura busca em si própria, com a confiança absoluta que deve ter em si mesma, na sua convicção, possuindo personalidade e valor. O Racionalismo Cristão fortifica os espíritos, fazendo com que caminhem convictos, certos de que precisam lutar, de que devem lutar, que devem vencer, que a vida é a luta destinada ao ser humano na Terra, que todos vêm a este mundo para sofrer, para lutar sem serem vencidos. O homem deve vencer nos negócios, por mais difíceis que sejam, procurando subir sempre na vida, o sucesso faz com que se sinta bem na Terra.

Há muito pouco tempo vem a humanidade se interessando pelas coisas do espírito; há bem pouco tempo se vem dando importância ao pensamento; até, então, desconhecia-se o valor desse grande fator da felicidade ou infelicidade, da saúde ou da doença, pois é no pensamento que está a garantia do ser humano. É o pensamento bem vibrado, o pensamento elevado que dá êxito à criatura, que lhe aviva a inteligência, que lhe desanuvia o raciocínio, que lhe dá, enfim, valor. Só não vencem os fracos, os pusilânimes, os covardes. A criatura que sabe dar valor ao pensamento age sempre com elevação e certa de que, com vontade forte e bem irradiada, chegará à vitória, ao bom êxito em todos os seus empreendimentos.


Ninguém deve-se julgar incapaz na luta pela vida; todos devem ter orgulho de se fazerem por si próprios, pelo seu trabalho bem dirigido. Todos devem-se esforçar por vencer, por ter êxito, e não pode vencer, não pode ter êxito na vida aquele que não sabe pensar com elevação, que não sabe dar valor a si mesmo, que não é constante nas suas idéias e nos seus empreendimentos. Milagres e proteção não existem. O que existe é o esforço da criatura em ação e conformidade com as leis que regem o Universo.


Não se pode mais viver, numa época como esta, de ilusões, de mistérios, de milagres e de fantasias. As criaturas têm por obrigação conhecer a vida real, e esta demonstra progresso e atividade, e obriga o ser a pensar e a raciocinar, a desenvolver a sua inteligência. Só não pensa acertadamente a criatura avassalada, porque o seu pensamento está atrofiado, os obsessores tomaram conta dela e tornaram-na inconsciente, portanto; mas as criaturas sensatas são equilibradas, garantem-se e defendem-se pelo pensamento. O pensamento é tudo, é ele o segredo de todo o êxito. As criaturas pessimistas possuem pensamentos de fraqueza e avolumam, aumentam as suas dificuldades pelo pensamento doentio, de ódio, de inveja e de ciúme. Essas criaturas são infelizes, não podem gozar daquela felicidade relativa a que todos têm direito neste mundo.


É preciso, portanto, dar mais valor ao pensamento, sabendo-se que é com ele que todos podem vencer as suas dificuldades. Aprenda-se, pois, a pensar, mas a pensar como criaturas dignas e valorosas, que pensam sempre bem, que pensam em vencer, em lutar, em progredir, e não e nunca em se acomodarem às situações. É preciso que todos se convençam de que vieram a este mundo para lutar e não para estacionarem.


Na vida, todos os seres devem cultivar a arte de bem viver e, no entanto, muita gente a despreza. Para bem viver torna-se necessário que as criaturas abdiquem, algumas vezes, de certos e determinados feitios, e se tornem ponderadas e simples, que não sejam teimosas e irônicas, que não queiram impor quando por elas não falam os bons exemplos. Não são as palavras, não são as expressões, as discussões acaloradas, não são as opiniões dadas em voz alta que demonstram princípios doutrinários, que demonstram convicção e valor, mas, sim, o exemplo, porque esse fala mais alto.


De palavras está farta a humanidade; o que é preciso é falar aos espíritos, despertá-los para que comecem a encarar a vida por um prisma mais elevado e mais espiritual. Todos seriam felizes se deixassem de lado o "eu" ofendido, a vontade mal-educada, os caprichos, as idéias preconcebidas, o espírito de prevenção, pois tudo isso causa grandes males.


Pugnamos pela explanação da verdade; ela tornará o homem livre de preconceitos e convenções, mas a verdade que dizemos não vai ferir, vai apenas despertar, alertar os espíritos, indicando-lhes a melhor maneira de se conduzirem neste mundo. Aprendam, pois, a viver para serem felizes e gozarem paz de espírito, que é a maior felicidade que o ser humano pode possuir.
 
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