Aristides Sousa Mendes homenageado em igrejas e sinagogas à volta do mundo

O diplomata português Aristides de Sousa Mendes será homenageado em igrejas e sinagogas de todo o mundo no dia 17 de Junho, lembrando os seus esforços de salvar milhares de judeus do regime nazi.

A iniciativa para o dia em que se celebram 60 anos após a morte do diplomata e 70 anos do holocausto judeu é de João Crisóstomo, um português residente em Nova Iorque que organizou uma iniciativa semelhante em 2004.

Nesse ano, foram celebradas 34 missas e celebrações em sinagogas em 22 países, da África do Sul ao Canadá e à Venezuela.

Fonte: Destakes

Ainda recentemente, a malta falava aqui na chat sobre heróis da guerra. Pois temos aqui um herói que tal como outros menos falados contribuíram para salvar os judeus durante a II Guerra Mundial.

Inúmero exemplos de pessoas que salvaram Judeus!

O empresário Oskar Schindler (1908-1974), industrial alemão, espião e membro do Partido Nazi, salvou da morte 1200 judeus durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, na Polónia e Checoslováquia. Depois da II Guerra Mundial, viveu solitário e empobrecido no seu pequeno apartamento perto da estação central de Frankfurt, na Alemanha. Pouca gente sabia de suas acções corajosas durante a guerra. A sua vida deu origem ao filme realizado nos Estados Unidos.

Raoul Wallenberg (1912-1947), arquitecto sueco, empresário e diplomata. Tornou-se famoso pelos seus esforços bem-sucedidos para resgatar dezenas de milhares de judeus da Hungria ocupada pelos nazis durante o Holocausto, na II Guerra Mundial.

Havia o zelador que tentava suavizar a dor dos moradores de um asilo de judeus. Ou o casal de Frankfurt, que escondeu no seu sótão um jovem judeu refugiado do campo de concentração de Majdanek. Ou ainda um padre que servia de ajudante para fugas. E até mesmo um funcionário da polícia, que manipulava os registos policiais, possibilitando a sobrevivência de vários judeus em Frankfurt.

A empresa Leitz, de Wetzlar, – uma das primeiras fabricantes de instrumentos ópticos e câmaras – empregou propositadamente funcionários judeus depois de 1933, dando-lhes a possibilidade de obter uma formação profissional, que mais tarde lhes seria útil para construir uma nova vida depois da emigração. A Leitz empregou ainda 600 funcionárias ucranianas antes vítimas de trabalho forçado. Diariamente, o dono da empresa e sua filha controlavam se as mulheres estavam vivendo em condições dignas, e sobretudo, se tinham o suficiente para comer. A filha de Leitz acabou presa durante meses em Frankfurt, por isso e por causa de outras acções de apoio a perseguidos.

O cônsul britânico Robert T. Smallbones abrigou refugiados no seu consulado durante o Pogrom do 9 de Novembro de 1938, tendo ajudado os judeus a fugir. Com o apoio do cônsul britânico, cerca de 48.000 judeus puderam receber um visto de trânsito para o Reino Unido, e a partir dali, seguir viagem.

Diário de Anne Frank

Por fim, temos o famoso Diário de Anne Frank, publicado originalmente em 1947, e lido por milhões de pessoas em todo o mundo. Escondida com sua família e outros judeus em Amesterdão, durante a ocupação nazi na Holanda, esta adolescente de 13 anos de idade, conta no seu diário, a vida que partilhava coma sua família e outros judeus. O seu diário foi escrito no período, entre 12 de Junho de 1942 e 1 de Agosto de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 4 de Agosto de 1944, agentes da Gestapo detiveram todos os ocupantes que estavam escondidos em Amesterdão. Separam Anne de seus pais e levaram-nos para os campos de concentração. O Diário de Anne Frank foi entregue pela sua amiga Miep Gies ao seu pai Otto H. Frank, após a morte de Anne Frank. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen no fim de Fevereiro de 1945, quando tinha 15 anos. Otto foi o único dos escondidos que sobreviveu no campo de concentração. Em 1947, o seu pai decidiu publicar o diário. O diário está no Instituto Holandês para a Documentação da Guerra. O Fundo Anne Frank (na Suíça) ficou como herdeiro dos direitos da obra de Anne Frank. O pai Otto Heinrich Frank faleceu em 1980.