Glorioso1212
GF Ouro
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Três dezenas de utentes do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) manifestaram-se hoje contra a cobrança de portagens no acesso à Mata da Albergaria, que dizem ser "mais caras do que nas melhores autoestradas do país".
"Paga-se 1,5 euros para percorrer menos de 6 quilómetros, é mais caro do que nas melhores autoestradas de Portugal", disse um dos manifestantes à Lusa.
Daniel Cruz, que hoje regressava de Espanha quando se viu confrontado com a portagem, considerou ser "inadmissível" cobrar a passagem por uma estrada que atravessa um Parque "que é de todos".
Desde 2007 que o PNPG cobra, entre 1 de junho e 30 de setembro de cada ano, uma taxa de 1,5 euros aos veículos motorizados que pretendam entrar na Mata da Albergaria, para preservar um espaço que está classificado como uma reserva biogenética.
Segundo a portaria que aprova aquela taxa, o objetivo é limitar a circulação de veículos motorizados, que constitui "um dos principais focos de perturbação dos frágeis ecossistemas" daquela mata.
A portaria estipula ainda que o dinheiro resultante da cobrança daquela taxa deve ser afeto a ações de gestão e conservação da biodiversidade na Mata de Albergaria.
"Mas a verdade é que isso não estará a acontecer, porque o que vemos é um total desinvestimento e abandono daquela mata, cheia de espécies invasoras. Será que o dinheiro se perde num buraco sem fundo nos ministérios de Lisboa?", questionou Rui Barbosa, um dos mentores da manifestação.
Barbosa garantiu ainda que a cobrança da taxa não tem praticamente nenhum efeito no fluxo motorizado, "porque naturalmente são muito poucos os que, chegados aqui, acabam por voltar para trás".
Ao protesto juntou-se também o Movimento Alternativa Socialista, com uma tarja onde se lia "Para onde vão os euros do Gerês?".
O diretor do PNPG, Rogério Rodrigues, no cargo há um ano, já disse à Lusa que ainda este ano a Mata da Albergaria vai ser objeto de uma intervenção de beneficiação, orçada em 70 mil euros, verba "quase exclusivamente" resultante das "portagens" de 2013.
"No ano passado, arrecadámos cerca de 68 mil euros com as taxas e esse dinheiro vai ser investido na mata, de acordo com um projeto já elaborado pelos nossos serviços técnicos", referiu.
Rogério Rodrigues disse ainda que já foi reduzido "em algumas horas" o período em que é cobrada a taxa para entrada na Mata da Albergaria, que passou a ser entre as 11:00 e as 18:30.
"Chegámos à conclusão que esse era o período mais crítico em termos de fluxo motorizado", explicou.
A Mata de Albergaria é um dos mais importantes bosques do PNPG, sendo constituída predominantemente por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e da flora locais.
Guarda também um troço da Via Romana (Geira), com as ruínas das suas pontes e um significativo conjunto de marcos miliários.
N.M
"Paga-se 1,5 euros para percorrer menos de 6 quilómetros, é mais caro do que nas melhores autoestradas de Portugal", disse um dos manifestantes à Lusa.
Daniel Cruz, que hoje regressava de Espanha quando se viu confrontado com a portagem, considerou ser "inadmissível" cobrar a passagem por uma estrada que atravessa um Parque "que é de todos".
Desde 2007 que o PNPG cobra, entre 1 de junho e 30 de setembro de cada ano, uma taxa de 1,5 euros aos veículos motorizados que pretendam entrar na Mata da Albergaria, para preservar um espaço que está classificado como uma reserva biogenética.
Segundo a portaria que aprova aquela taxa, o objetivo é limitar a circulação de veículos motorizados, que constitui "um dos principais focos de perturbação dos frágeis ecossistemas" daquela mata.
A portaria estipula ainda que o dinheiro resultante da cobrança daquela taxa deve ser afeto a ações de gestão e conservação da biodiversidade na Mata de Albergaria.
"Mas a verdade é que isso não estará a acontecer, porque o que vemos é um total desinvestimento e abandono daquela mata, cheia de espécies invasoras. Será que o dinheiro se perde num buraco sem fundo nos ministérios de Lisboa?", questionou Rui Barbosa, um dos mentores da manifestação.
Barbosa garantiu ainda que a cobrança da taxa não tem praticamente nenhum efeito no fluxo motorizado, "porque naturalmente são muito poucos os que, chegados aqui, acabam por voltar para trás".
Ao protesto juntou-se também o Movimento Alternativa Socialista, com uma tarja onde se lia "Para onde vão os euros do Gerês?".
O diretor do PNPG, Rogério Rodrigues, no cargo há um ano, já disse à Lusa que ainda este ano a Mata da Albergaria vai ser objeto de uma intervenção de beneficiação, orçada em 70 mil euros, verba "quase exclusivamente" resultante das "portagens" de 2013.
"No ano passado, arrecadámos cerca de 68 mil euros com as taxas e esse dinheiro vai ser investido na mata, de acordo com um projeto já elaborado pelos nossos serviços técnicos", referiu.
Rogério Rodrigues disse ainda que já foi reduzido "em algumas horas" o período em que é cobrada a taxa para entrada na Mata da Albergaria, que passou a ser entre as 11:00 e as 18:30.
"Chegámos à conclusão que esse era o período mais crítico em termos de fluxo motorizado", explicou.
A Mata de Albergaria é um dos mais importantes bosques do PNPG, sendo constituída predominantemente por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e da flora locais.
Guarda também um troço da Via Romana (Geira), com as ruínas das suas pontes e um significativo conjunto de marcos miliários.
N.M
