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GF Ouro
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O governador do arquipélago queniano Lamu, Issa Timamy, apresentou-se hoje à justiça, depois de ter sido detido ontem sob acusações de terrorismo que o ligam aos recentes ataques que fizeram 60 mortos na região costeira do Quénia
Timamy compareceu perante um juiz em Mombaça, sob acusação de estar envolvido nos atentados que, entre 15 e 17 de junho, mataram cerca de 60 pessoas nas localidades vizinhas Mpeketoni e Poromoko.
Na próxima segunda-feira deverá ser conhecida a decisão do juiz acerca da detenção do governador queniano, que ocorreu na sequência de uma investigação judicial a "assassinatos", "expulsões forçadas" e terrorismo".
A polícia do Quénia prendeu, também ontem, 13 supostos membros do Conselho Republicano de Mombaça, grupo separatista que atua na zona costeira do país, onde ocorreram os recentes ataques. Os 13 detidos são suspeitos de planificar ataques de "limpeza étnica", afirmou o ministério do Interior.
Os ataques terroristas deste mês foram reivindicados pela milícia islamita somali Al-Shabab, que alegou como motivo a intervenção militar de forças quenianas na Somália, em 2011. Contudo, o Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, negou que a autoria dos ataques fosse do grupo somali e dirigiu as acusações a redes político-criminais locais e ao seu opositor, derrotado nas eleições presidenciais de 2013, Raila Odinga.
Já o líder do partido a que pertence Issa Timamy, o Fórum Democrático Unido, Musalia Mudavadi, denunciou "uma perseguição seletiva" e afirmou que a detenção em causa "levanta graves questões constitucionais".
dn