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[h=2]Oceano Índico: Ave rara protagoniza fotografia inédita de fêmea em voo com ovo saliente
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Filipa Alves
Uma fêmea de Pseudobulweia aterrima, uma ave marinha rara que nidifica na Ilha de Reunião (Oceano Índico), foi recentemente protagonista da foto inédita de uma ave em voo com o ovo ainda no interior do corpo mas bem evidente por estar saliente.
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Filipa Alves
A foto foi obtida numa expedição científica que tinha como objetivo obter mais informação sobre esta parente da freira-da-madeira (Pterodroma madeira), uma espécie que é uma das aves menos conhecidas a nível global e que está classificada como “Criticamente Em Perigo” na Lista Vermelha das Espécies Ameaçada, explica a BirdLife numa notícia no seu website.
O autor da foto, Hadoram Shirihai, recorda a emoção do momento “Contra o fundo de um pôr-do-sol rosa-alaranjado, com a Ilha de Reunião ao longe, localizei um petrel [-das-Mascarenhas, tradução livre do inglês “Mascarene petrel”] usando a mira da minha máquina [e] quase imediatamente reparei no relevo do ovo, um enorme alto no seu ventre, tendo gritado para os outros membros da expedição «Ela tem um ovo, ela tem um ovo…»”
E o ornitólogo conclui “Ela voou perto do barco dando-me a oportunidade única de fotografá-la mesmo antes do pôr-do-sol, tendo sido um momento mágico. E pensar que em menos de uma hora ela iria provavelmente por o ovo e contribuir para a sobrevivência futura desta espécie ameaçada…”.
Para além da novidade da foto, a observação é muito importante na medida em que dá a conhecer a altura do ano em que a espécie se reproduz e quando devem ser procurados os ovos na ilha de Reunião, o único local de nidificação conhecido.
Para além da fêmea protagonista da foto inédita foram fotografados mais 11 petreis-das-Mascarenhas nesta expedição, em que foram observados um total de 37 indivíduos, revelam os membros da equipa na mais recente edição da revista Bulletin of the British Ornithologists’ Club.
Este número leva os autores a suspeitar que existem mais representantes da espécie do que se acreditava: “Os nossos registos no mar sugerem que existem mais animais do que se pensava, e que colónias desconhecidas algures na ilha [de Reunião] têm assegurado o futuro da espécie, pelo menos por enquanto”, afirma Vincent Bretagnolle, coautor do artigo científico.
Tony Pym, também coautor do estudo, salienta ainda que as fotografias obtidas na expedição constituem as primeiras fotos da espécie em voo sobre o mar: “Até agora as únicas fotos eram de animais que tinham caído vítimas [por colisão] da iluminação artificial da [ilha de] Reunião, a ilha onde [a espécie] se reproduz”.
Esta iluminação das zonas humanizadas da ilha e causadora de mortalidade é, de resto, uma das maiores ameaças à espécie, para além da predação por gatos assilvestrados e ratazanas.
O autor da foto, Hadoram Shirihai, recorda a emoção do momento “Contra o fundo de um pôr-do-sol rosa-alaranjado, com a Ilha de Reunião ao longe, localizei um petrel [-das-Mascarenhas, tradução livre do inglês “Mascarene petrel”] usando a mira da minha máquina [e] quase imediatamente reparei no relevo do ovo, um enorme alto no seu ventre, tendo gritado para os outros membros da expedição «Ela tem um ovo, ela tem um ovo…»”
E o ornitólogo conclui “Ela voou perto do barco dando-me a oportunidade única de fotografá-la mesmo antes do pôr-do-sol, tendo sido um momento mágico. E pensar que em menos de uma hora ela iria provavelmente por o ovo e contribuir para a sobrevivência futura desta espécie ameaçada…”.
Para além da novidade da foto, a observação é muito importante na medida em que dá a conhecer a altura do ano em que a espécie se reproduz e quando devem ser procurados os ovos na ilha de Reunião, o único local de nidificação conhecido.
Para além da fêmea protagonista da foto inédita foram fotografados mais 11 petreis-das-Mascarenhas nesta expedição, em que foram observados um total de 37 indivíduos, revelam os membros da equipa na mais recente edição da revista Bulletin of the British Ornithologists’ Club.
Este número leva os autores a suspeitar que existem mais representantes da espécie do que se acreditava: “Os nossos registos no mar sugerem que existem mais animais do que se pensava, e que colónias desconhecidas algures na ilha [de Reunião] têm assegurado o futuro da espécie, pelo menos por enquanto”, afirma Vincent Bretagnolle, coautor do artigo científico.
Tony Pym, também coautor do estudo, salienta ainda que as fotografias obtidas na expedição constituem as primeiras fotos da espécie em voo sobre o mar: “Até agora as únicas fotos eram de animais que tinham caído vítimas [por colisão] da iluminação artificial da [ilha de] Reunião, a ilha onde [a espécie] se reproduz”.
Esta iluminação das zonas humanizadas da ilha e causadora de mortalidade é, de resto, uma das maiores ameaças à espécie, para além da predação por gatos assilvestrados e ratazanas.