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Marine le Pen
Marine Le Pen, dirigente da Frente Nacional, perdeu a carta de condução em 2012, por ter sido apanhada várias vezes em excesso de velocidade e outras infrações, revelou esta quarta-feira o jornal Le Canard Enchaîné. A presidente do partido afirma que não era a condutora da viatura, mas não quis denunciar o responsável.
Na sua edição de 1 de outubro, o semanário satírico e de investigação Le Canard Enchaîné revela que Marine Le Pen perdeu a carta de condução, e escreve ainda que a presidente do partido de extrema direita iniciou um processo de contestação da anulação da carta em 2013, pelo qual ainda não pagou ao gabinete de advogados responsável pelo processo.
Em direito de resposta publicado no mesmo dia no site da Frente Nacional, Marine Le Pen defende que se o Canard "tivesse procurado as fotos dos excessos de velocidade" pelos quais responsabiliza Le Pen, veria que o rosto não se trata do dela. No entanto, a dirigente política não quis "denunciar os responsáveis." Acrescentou ao Le Figaro que, embora utilize o seu próprio automóvel, este é conduzido por motoristas que seriam, portanto, quem cometeu as infrações que lhe valeram a perda do título de condução.
Quanto ao pagamento dos honorários aos advogados que trataram do seu processo de contestação, Le Pen acrescenta no direito de resposta que a sociedade responsável se separou pouco depois e, não sabendo a quem dirigir o seu pagamento, tinha procurado a ajuda do presidente da ordem dos advogados. Este esclareceu-lhe que ela deveria endereçar o pagamento à sociedade de advogados que existia quando o processo foi aberto. Le Pen conclui: "Agora poderei endereçar a quem é de direito o pagamento em questão."
Como relembra o Le Canard Enchaîné, Marine Le Pen fez em agosto, na RTL, uma apologia contra os radares de controlo de velocidade, que, afirmou, "não estão lá para prevenir os acidentes, mas sim para encher os cofres do Estado."
O partido de direita radical de que Marine Le Pen é dirigente, a Frente Nacional, fez história este domingo ao entrar pela primeira vez no Senado francês, com dois representantes eleitos.
dn