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Tensão entre arguidos no Tribunal São João Novo

kokas

GF Ouro
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O alegado líder de uma rede de tráfico de droga de 48 pessoas, desmantelada pela PSP em março de 2013, no Porto, nada quis dizer ao Tribunal São João Novo na primeira audiência de julgamento. Antes da sessão, houve momentos de tensão entre alguns arguidos e a PSP teve de intervir.

"Para já, quero remeter-me ao silêncio, mas depois gostaria de falar", disse o principal suspeito ao coletivo de juízes.
Os 49 arguidos, oito dos quais em prisão preventiva, estão acusados pelos crimes de tráfico de droga agravado, branqueamento de capitais e posse de armas ilegais.
Antes do início do julgamento, os arguidos exaltaram-se e envolveram-se numa altercação nos corredores do tribunal enquanto aguardavam pela chamada, obrigando a intervenção policial.
Segundo a acusação, os alegados traficantes cometeram os crimes entre 2010 e 2013, ano em que acabaram detidos pela PSP do Porto, após 77 buscas domiciliárias.
O presumível líder do grupo, de 27 anos, detido no Estabelecimento Prisional de Custóias, contava com a rede para lhe vender a droga, atividade que lhe trouxe lucros "avultados" e que lhe permitiu investir em imóveis, carros de luxo e aplicações financeiras.
Um dos arguidos a aguardar julgamento em prisão preventiva, de 32 anos, afiançou ao tribunal que começou a vender droga para pagar duas rendas de habitação em atraso, no valor de 750 euros.
O suspeito frisou que corria o risco de ser despejado pelo senhorio e, tendo dois filhos menores à sua guarda, decidiu "envolver-se" nesta atividade ilícita. "Durante a tarde, trabalhava no café da minha mãe, que me pagava 20 a 30 euros, mas não era suficiente", disse.
Quando foi detido, tendo-lhe sido apreendida droga na roda do carro que conduzia, o alegado traficante frisou estar a pensar sair da rede e vender a viatura da companheira para conseguir o dinheiro que precisava. "Estou arrependido e se fosse hoje teria feito as coisas de maneira diferente", afirmou ao coletivo.
O suspeito confessou ainda não "ter nenhuma ligação" com o alegado cabecilha da rede, apesar do juiz presidente o confrontar com escutas telefónicas relacionadas com a venda de droga.
O julgamento prossegue a 14 de outubro, pelas 09.30 horas, estando programado ouvir mais quatro arguidos que demonstraram interesse em prestar declarações, não tendo, por isso, sido convocadas as testemunhas.



jn
 
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