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Técnicos de contas pagam dívida a viúva com casa penhorada

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Em 24 horas, um movimento que surgiu no Facebook, num grupo de técnicos de oficiais de contas, angariou 1900 euros para pagar a dívida que uma viúva, de Ílhavo, tinha ao Fisco. A casa da família foi salva.


Houve quem doasse apenas um euro. Houve quem doasse mais de cem. O certo é que, em menos de 24 horas, um movimento espontâneo que nasceu no Facebook - num grupo ao qual pertencem mais de quatro mil técnicos oficiais de contas - conseguiu angariar os 1902,16 euros que Maria (nome fictício) necessitava para que a sua casa, onde vive com dois filhos e dois netos menores, na Colónia Agrícola, em Ílhavo, não fosse vendida em leilão pelas Finanças.



Paulo Gama, Manuela Mendes e Susana Eusébio, oriundos de diversos pontos do país, são alguns dos nomes da solidariedade que salvou a família ilhavense. A eles juntaram-se centenas de pessoas - entre as quais, não só técnicos oficiais de contas, como eles, mas também militares, entre outros - que em tempo recorde angariaram o dinheiro necessário. Na sexta-feira, foram diretamente às Finanças, pagaram a dívida de uma pessoa que não conhecem e, em troca, receberam a gratidão eterna de Maria. A mulher, de 52 anos, viúva, é funcionária de uma seca de bacalhau e viu a sua casa ser penhorada, pelas Finanças, devido a uma dívida de 1900 mil euros relativa ao imposto municipal sobre imóveis (IMI) e ao imposto único de circulação.
"Revoltámo-nos quando soubemos da história pela Comunicação Social. Não se pode tirar uma casa a uma pessoa que não a pode pagar. Onde é que aquelas crianças iam dormir?", questiona, ao JN, Paulo Gama, 40 anos, de Castelo Branco.
Há dinheiro para cabaz
A casa de Maria, construída pelo seu marido falecido, ia ser colocada em leilão eletrónico na quarta-feira, por um mínimo de 19 500 euros. "A Susana Eusébio partilhou a história no grupo de contabilistas do Facebook. E a Manuela, de Lisboa, foi por sua iniciativa a uma repartição das Finanças e pagou os 20% da dívida para que o leilão fosse adiado 15 dias", recorda Paulo, técnico oficial de contas. Ao saber do gesto da colega, Paulo prontificou-se para pagar com ela a primeira tranche. E, de imediato, tratou de tudo para que fosse angariado o restante dinheiro, até perfazer os 1900 euros.
"As crianças não podem pagar pelos erros dos pais. A lei é injusta", sublinha Paulo, frisando que o grupo não agiu para ter "qualquer reconhecimento público".



jn
 
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