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Há 3000 sites portugueses usados para contrabando de medicamentos

Glorioso1212

GF Ouro
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Jan 24, 2013
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Os sites dos municípios de Benavente e Alpiarça, da Sociedade de Geografia de Lisboa e da fadista Mafalda Arnauth andam a ser usados para promover medicamentos contrafeitos.


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Há pelo menos 3000 sites portugueses que têm incorporados códigos que encaminham os internautas para endereços dedicados ao contrabando de medicamentos contrafeitos. A estimativa é avançada por David Sopas, especialista em segurança eletrónica com base em algumas pesquisas efetuadas no Google, que permitem descobrir endereços geridos por instituições e empresas portuguesas que estão a ser usados para promover a venda de medicamentos adulterados.

A lista de vítimas dos denominados sites explorados pelos contrabandistas de medicamentos é extensa. Eis um apanhado só com alguns nomes mais familiares dos Portugueses: sites do Municípios de Alpiarça, Benavente, Freixo de Espada à Cinta e Vinhais; sites do Ribatejo Digital, da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Grupo Nacional para a Integração de Processos que está alojado no site do Instituto Superior Técnico, da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, da Associação Global para o Marketing do Retalho, da fadista Mafalda Arnauth; e por fim o site que o PS dedicou às Autárquicas, que a avaliar pelo protagonismo dado ao ex-secretário-geral António José Seguro já está desatualizado, mas para os vendedores de medicamentos contrafeitos continua a revelar utilidade para disseminar spam pelos Internautas.

A falha explorada pelo Pharma Hack nem sempre é percetível: se um internauta visitar diretamente um dos sites afetados não notará diferença; mas se procurar no Google o site que pretende visitar e, em seguida, clicar num dos resultados da pesquisa arrisca-se a ser encaminhado para um site dedicado à venda de medicamentos contrafeitos que pretendem atuar como alternativas ao Viagra, Cialis ou Zoloft, entre outros com os mais variados propósitos.

No site WebSegura, David Sopas revela alguns dos principais atacantes dos sites portugueses quando se trata de spamdexing: medshop24.net; canadian-overnite.com; canadian-pharmacy-24.com; canadapharmacy24h.com; hqpills.net; awc-drugstore.com.

Com o spamdexing, os contrabandistas não só garantem surgir no topo das pesquisas do Google em detrimento dos sites das vítimas, como ganham maior credibilidade ao usarem endereços que aparentemente são geridos por entidades idóneas. Em ambos os casos, o objetivo é sempre o mesmo: promover um medicamento que não se encontra no mercado ou que é vendido a preços muito mais baixos que nas farmácias convencionais.

David Sopas classifica a falha que está na origem do Pharma Hack como «perigosa». «Além de promover a venda de produtos adulterados, o Pharma Hack pode propagar de malware ao propor aos internautas que entram nesses sites a atualização de programas como o Flash, para na realidade disseminar códigos maliciosos».

O especialista em segurança eletrónica lembra que a maioria das falhas que afetam os sites portugueses se deve ao facto de os gestores dos endereços não terem feito a atualização de programas de gestão de páginas Web, como o Joomla, o Wordpress, Drupal, entre outros. Sem a atualização atempada, os hackers conseguem explorar diferentes vulnerabilidades que permitem usar o endereço alheio para o spam de medicamentos contrabandeados.

Ao contrário do que possa parecer, o uso de sites portugueses no contrabando de medicamentos está longe de ser uma atividade direcionada para o mercado português – nalguns casos, os sites apenas encaminham os utilizadores para endereços de spam consoante o local em que se encontram os internautas. O que significa que há uma boa probabilidade de o número de sites afetados que aquele que é apurado através de pesquisas efetuadas em Portugal.




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