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Novo modelo de intervenção precoce em autismo chega a portuga

Feraida

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NOVO MODELO DE INTERVENÇÃO PRECOCE EM AUTISMO CHEGA A PORTUGAL
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A investigadora Sally Rogers apresenta na sexta-feira em Gaia o Modelo Denver de Intervenção Precoce em Autismo, já comprovado nos Estados Unidos e que é agora introduzido em Portugal para diagnosticar e intervir em crianças menores de dois anos.
A norte-americana, coautora dessa metodologia, estará em destaque no programa promovido pela cooperativa social Focus que integra o lançamento de um livro sobre o tema, um ‘workshop’ de iniciação ao método para mais de 80 participantes e ainda uma formação avançada para cerca de 20 profissionais como pedopsiquiatras, psicólogos, terapeutas da fala e professores do Ensino Especial.
"O Modelo Denver começou a desenvolver-se nos anos 80 como tratamento diurno para crianças em idade pré-escolar", recordou Sally Rogers à Lusa. "Mas a investigação que demonstrou de forma mais rigorosa a sua eficácia só ficou disponível há cinco anos e a formação especializada só surgiu há três, pelo que a difusão internacional desta metodologia é um fenómeno recente", realça.
O trabalho realizado nos Estados Unidos conduziu a uma significativa mudança de práticas: há 30 anos, essa disfunção era diagnosticada sobretudo após os quatro anos de idade e o acompanhamento da criança autista concentrava-se em centros clínicos especializados.
Com o Modelo Denver, o diagnóstico começou a fazer-se mais cedo e a intervenção posterior passou a privilegiar o ambiente natural da criança.
É possível explorar áreas subdesenvolvidas
Para a especialista em Psiquiatria e Ciências Comportamentais na Universidade da Califórnia, daí resulta que, "quando sujeita a intervenções apropriadas durante a primeira infância, a maioria das crianças com autismo pode aprender a falar e a explorar brinquedos e consegue exibir um crescimento regular em áreas nas quais tem atrasos de desenvolvimento".
Se o diagnóstico se verificar apenas após os 48 meses de idade, esse progresso poderá, contudo, ficar em risco. "Tudo depende do que tiver acontecido na vida da criança", admite Sally Rogers.
"Se os seus sintomas eram discretos e não causaram dificuldades à família até aos quatro anos, sendo então acompanhados por um programa que se revelou necessário, um diagnóstico depois dessa idade pouca ou nenhuma influência terá nos resultados que ela vai alcançar", explica.
"Mas se a criança não tinha a capacidade de comunicar, brincar, interagir socialmente ou aprender outras competências enquanto bebé, revelando comportamentos que pioram até aos 18 meses e se agravam até aos quatro anos, quando o diagnóstico se verificar ela então já lidará com dificuldades maiores", realça.
É perante a falta de estímulo e de acompanhamento na primeira infância que "será evidente um maior distanciamento entre as capacidades da criança autista e as dos outros meninos da mesma idade", realça Sally Rogers. "Onde há menos interesse é onde há menos oportunidade para se fazer um diagnóstico atempado e preciso", garante.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento que se distingue por afetar a capacidade do indivíduo para comunicar, para socializar e para seguir padrões de comportamento tradicionais. Daí resulta que alguns autistas se mostrem presos a comportamentos rígidos, enquanto outros se revelam fechados e distantes, manifestando um total desinteresse pelo mundo exterior.
Sally Rogers defende, aliás, que o diagnóstico dessa desordem é dificultado pelo seu "grande leque de sintomas", que variam com a idade, o grau de capacidade do indivíduo e "o próprio desconforto dos médicos, que só se sentem à-vontade para confirmar um caso de autismo quando já estão perante os seus indícios mais severos".
 

Feraida

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Autismo, use a tecnologia para ajudar

A tecnologia faz girar o mundo. É uma frase que poucos terão coragem de contrariar mesmo quando se apontam vícios e risco de segurança na sua utilização. Mas a tecnologia é muito mais que isso e, quando aproveitada com qualidade, a tecnologia pode mesmo mudar a vida de milhares de crianças em todo o mundo, todos os dias.
E se usássemos a tecnologia para ajudar crianças com problemas? Se, por exemplo, no autismo usássemos mais ferramentas tecnológicas para entrar no espaço confinado do autista?
O autismo é um distúrbio neurológico que afecta o modo como uma pessoa se comunica e se relaciona com as pessoas em seu redor. Sendo que normalmente, crianças com autismo, têm problemas em se comunicar com outras pessoas, problemas em olhar outras pessoas nos olhos e em alguns casos ficam perturbadas simplesmente por ouvirem algum tipo de ruído ou verem algum tipo de luz brilhante.
No entanto, esta perturbação é uma condição espectro, o que significa que apesar de os autistas terem algumas dificuldades em comum, a sua condição pode também ser afectada de maneiras diferentes. Sendo que, muitas pessoas que sofrem de autismo podem viver uma vida relativamente independente.

Além disso, existe ainda o Síndrome de Asperger, uma ‘sub-categoria’ do autismo, onde, normalmente, incluiu uma inteligência acima da média. Podendo estas pessoas ter menos problemas com a fala, mas podem no entanto continuar a ter dificuldades de compreensão e comportamento.
Mas em que aspectos é que a tecnologia pode melhorar a vida das crianças autistas?
Compreensão geral do ambiente em seu redor;
Habilidades de interacção social;
Habilidades de comunicação;
Habilidades de atenção;
Habilidades de motivação;
Habilidades de organização;
Habilidades académicas;
Habilidades de auto-ajuda;
Habilidades de hábitos diários.
De que forma a tecnologia tem influência nessa melhoria?
A vida destas pessoas tem uma melhoria significativa a partir do momento em que começam a utilizar tecnologias assistivas. Mas o que são estas tecnologias afinal? As tecnologias assistivas são todos os equipamentos e sistemas que podem ser modificados ou personalizados de forma a aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais de pessoas com algum tipo de dificuldade funcional, como é o caso das pessoas que sofrem de autismo.
Normalmente, as crianças que sofrem de autismo processam de forma mais fácil e célere informação visual do que informação auditiva. Logo, sempre que são utilizados dispositivos tecnológicos com estas crianças, como é o caso de tablets ou mesmo smartphones, está a ser transmitir informação através da sua área mais forte de processamento, a área visual.

Posto isto, pode afirmar-se que a utilização deste tipo de tecnologias no dia-a-dia destas crianças poderá melhorar muito as suas capacidades.
De forma a comprovar isto, alguns investigadores no Canadá seleccionaram 12 crianças autistas em 6 salas de aula na cidade de Ontário. Essas salas receberam vários tablets para um teste de seis meses.

Após os seis meses, estes investigadores chegaram à conclusão que nove dessas doze crianças mostraram uma evolução a nível das suas habilidades de comunicação. Além de que, a sua motivação aumentou em cerca de 75%, aumentando ao mesmo tempo a sua capacidade de atenção e a sua capacidade de interagir com os outros.
Dados Interessantes
Pensa-se que cerca de uma em cada 50 crianças no mundo inteiro tem alguma forma de autismo, número que tem vindo a aumentar de ano para ano.
Uso da tecnologia para o tratamento do autismo tem vindo igualmente a aumentar, principalmente com a criação de dispositivos como Tablets, Smartphones, entre outros.
Simples aplicações, como jogos por exemplo, fazem estas crianças sentirem-se seguras, fazendo com que se comuniquem mais facilmente.
Crianças com autismo, utilizam as tecnologias para mostrar coisas que pretendem, onde gostariam de ir e até mesmo para praticar caligrafia e cálculo.
Normalmente, as crianças autistas gostam de comboios porque eles são previsíveis, seguem sempre o mesmo caminho e abrem e fecham as portas sempre da mesma forma.
Projecto Toca Boca

Toca Boca é uma empresa sueca de desenvolvimento de jogos para crianças entre os 3 e os 6 anos. Muito embora a empresa não desenvolva os seus jogos especificamente para crianças autistas, as suas aplicações tornaram-se muito populares entre elas.
Com este artigo, apenas queremos mostrar que a tecnologia é utilizada hoje em dia para muito mais do que é anunciado nos média, e que realmente para muitas pessoas, a tecnologia pode ser muito importante, pois pode melhorar de forma significativa a maneira como estas crianças vivem e como enfrentam o mundo.
Desta forma mostramos que a tecnologia não tem apenas como objectivo o lazer, ou até mesmo mostrar a superioridade, apenas porque se tem uma tecnologia de ultima geração, ou de topo, tecnologia, a tecnologia para muitos é torna-os apenas superficiais, mas para outras faz toda a diferença.

Por Hugo Sousa para KIDS.PPLWARE.COM
 
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