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Um ano antes de entregar por ajuste direto de 111 milhões, a Mota-Engil propôs fazer aterro por 77 milhões
Projeto megalómano está parado desde 2010. Autarquia admite que só um novo concurso público poderá voltar a dar fôlego à obra por concluir.
Por Ana Isabel Fonseca, Tânia Laranjo
É um dos negócios mais polémicos dos últimos anos e que a autarquia da Póvoa de Varzim assume que só será resolvido com um novo concurso público.
A construção do aterro sanitário na Póvoa de Varzim – e que iria servir outros concelhos do Grande Porto – não teve o visto do Tribunal de Contas e o projeto, que estava previsto desde 2010, está parado. Em causa está o facto de a Lipor – empresa à qual estão associados os municípios de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde – ter decidido realizar um ajuste direto de mais de 111 milhões de euros com a empresa Ferrovial para construir o aterro.
A grande questão é que, no final de 2012, quase um ano antes de realizar o ajuste direto, a Lipor tinha lançado um concurso público e nessa altura ganhou uma proposta da Mota-Engil. O valor a pagar era muito menor. Ficava-se pelos 77 milhões de euros. O contrato não foi concretizado, uma vez que surgiram divergências relacionadas com datas e com a concretização da operação.
A Lipor tinha na altura como presidente do Conselho de Administração Macedo Vieira, que até outubro do ano passado liderava também a Câmara da Póvoa de Varzim. O atual executivo assume que é preciso redimensionar o projeto, no sentido de torná-lo viável.