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Governo recusou ao BdP lei que teria permitido afastar Ricardo Salgado mais cedo
Fotografia © Leonardo Negrão / Global Imagens
O Governo recusou uma proposta do Banco de Portugal que permitiria ao regulador declarar não idónea uma personalidade bancária só com a suspeita de estar em curso um ilícito criminal.
Foi a própria ministra das Finanças quem o revelou, esta tarde, na comissão parlamentar que investiga o caso BES.
Segundo Maria Luís Albuquerque, o Banco pretendia poder atuar caso estivessem em causa "factos suscetíveis de qualificação criminal" mas isso, na visão do Governo, ofenderia princípios gerais de garantia dos direitos dos cidadãos.
Assim, o Governo aceitou apenas que aquele poder fosse exercido caso existisse um processo criminal já aberto. Uma "total discricionariedade seria excessiva", disse a ministra.
Maria Luís Albuquerque afirmou ainda que nenhum dos pedidos de Ricardo Salgado para auxílio estatal referiam o BES - só o GES (Grupo Espírito Santo).
"A dada altura foram dirigidos pedidos sempre para o GES, nunca houve sequer referência a um pedido de recapitalização para o banco", disse a ministra.
Ricardo Salgado terá, segundo Maria Luís Albuquerque, sugerido que o Governo intercedesse por um empréstimo da CGD ao GES. "Respondi que o Governo não fala com a administração da CGD sobre casos concretos de crédito."
Segundo Maria Luís Albuquerque, ficou combinado logo em 18 de julho com o governador do Banco de Portugal que seria formado entre ambas as partes um grupo de trabalho para estudar "planos de contingência" para o BES. Só que o grupo nunca chegou a funcionar. "Esses cenários de contingência" seriam "um simulacro, como nos bombeiros". Ou seja, nessa altura não se "equacionava" o cenário que veio a ocorrer - colapso total do BES e do GES.
No dia 29 de julho a ministra soube do resultados negativos do BES que seriam oficialmente anunciados no dia seguinte (3600 milhões de euros de prejuízo). E no dia 1 de Agosto o BCE precipitou a resolução do caso decretando que deixaria de reconhecer o BES como uma contraparte (por exemplo para efeitos de empréstimos). No dia 3 de Agosto à noite o BdP anunciou o plano de resolução que criaria o Novo Banco, ficando os ativos/passivos tóxicos no BES, agora um "bad bank".
In
n
Obs: Porque terá sido????
Fotografia © Leonardo Negrão / Global Imagens
O Governo recusou uma proposta do Banco de Portugal que permitiria ao regulador declarar não idónea uma personalidade bancária só com a suspeita de estar em curso um ilícito criminal.
Foi a própria ministra das Finanças quem o revelou, esta tarde, na comissão parlamentar que investiga o caso BES.
Segundo Maria Luís Albuquerque, o Banco pretendia poder atuar caso estivessem em causa "factos suscetíveis de qualificação criminal" mas isso, na visão do Governo, ofenderia princípios gerais de garantia dos direitos dos cidadãos.
Assim, o Governo aceitou apenas que aquele poder fosse exercido caso existisse um processo criminal já aberto. Uma "total discricionariedade seria excessiva", disse a ministra.
Maria Luís Albuquerque afirmou ainda que nenhum dos pedidos de Ricardo Salgado para auxílio estatal referiam o BES - só o GES (Grupo Espírito Santo).
"A dada altura foram dirigidos pedidos sempre para o GES, nunca houve sequer referência a um pedido de recapitalização para o banco", disse a ministra.
Ricardo Salgado terá, segundo Maria Luís Albuquerque, sugerido que o Governo intercedesse por um empréstimo da CGD ao GES. "Respondi que o Governo não fala com a administração da CGD sobre casos concretos de crédito."
Segundo Maria Luís Albuquerque, ficou combinado logo em 18 de julho com o governador do Banco de Portugal que seria formado entre ambas as partes um grupo de trabalho para estudar "planos de contingência" para o BES. Só que o grupo nunca chegou a funcionar. "Esses cenários de contingência" seriam "um simulacro, como nos bombeiros". Ou seja, nessa altura não se "equacionava" o cenário que veio a ocorrer - colapso total do BES e do GES.
No dia 29 de julho a ministra soube do resultados negativos do BES que seriam oficialmente anunciados no dia seguinte (3600 milhões de euros de prejuízo). E no dia 1 de Agosto o BCE precipitou a resolução do caso decretando que deixaria de reconhecer o BES como uma contraparte (por exemplo para efeitos de empréstimos). No dia 3 de Agosto à noite o BdP anunciou o plano de resolução que criaria o Novo Banco, ficando os ativos/passivos tóxicos no BES, agora um "bad bank".
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nObs: Porque terá sido????