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Quando há uma erupção, eles vão lá. São portugueses e estudam vulcões

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Histórias de quem acompanha os humores da Terra: José Madeira (esteve agora em Cabo Verde), Teresa Ferreira e Fernando Costa
Mal soube da erupção no Fogo, no próprio dia em que ela começou, a 23 de novembro, José Madeira só pensou que queria ir para lá. Geólogo, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e investigador do Instituto Dom Luiz (IDL), da mesma universidade, estuda há três décadas as ilhas oceânicas, todas de natureza vulcânica. Por isso, quando há uma erupção, põe-se a caminho.



"Logo nesse domingo [23 de novembro] falei com o presidente do IDL. O instituto tem um orçamento para estas missões", conta. Dois dias depois partiu, acompanhado de Ricardo Ramalho, um ex-aluno agora na Universidade de Bristol, no Reino Unido, que se lhe juntou em Lisboa. "Chegámos ao Fogo na quinta-feira à noite, jantámos, equipámo-nos e fomos lá para cima fazer observações." Em 1995 também foi lá estudar a erupção.
A geóloga e vulcanóloga Teresa Ferreira, professora da Universidade dos Açores, investigadora do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) e atual diretora do CIVISA, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica, ambos ligados à universidade, também esteve no Fogo na erupção de 1995. Especialista em geoquímica de gases, coube-lhe na altura a análise das emissões gasosas do processo eruptivo. Mas para esta especialista, e também para os cerca de 60 investigadores e técnicos do CVARG/CIVISA, os vulcões são o dia-a-dia.
"Fazemos em permanência a monitorização da sismicidade nas ilhas, das emissões de gases nas zonas de fumarolas e da deformação crostal nos sistemas vulcânicos do arquipélago", explica.
A partir de Lisboa, Fernando Lagos Costa vai seguindo, atento, os acontecimentos no Fogo. Está em contagem decrescente, porque quando tudo terminar, há de ir até lá, para fazer a nova cartografia da lava e para estudar as mudanças geomorfológicas na zona, como já aconteceu há 19 anos. Faz parte do seu trabalho de geógrafo físico. Quando o vulcão voltou a despertar, há duas semanas, a memória correu-lhe lá para trás, para o mês de abril de 1995. Cinco dias depois de tudo começar, já ele lá estava, integrado numa equipa de dois geógrafos e dois geólogos do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT).



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